A “vaquinha” feita pelos petistas para pagar as multas dos condenados do mensalão José Genoino e Delúbio Soares pode inspirar o partido a utilizar o mesmo sistema para financiar a campanha deste ano.
O artifício seria utilizado caso o Supremo Tribunal Federal (STF) proíba as doações de empresas para candidatos. O julgamento foi suspenso após pedido de vistas do ministro Teori Zavascki, com o placar de quatro votos contra as doações de pessoas jurídicas. A sessão para analisar o caso será retomada esse ano.
“Foi uma bela experiência. Há uma admiração da militância pelos dois (Genoino e Delúbio) e demonstramos força. A pessoa que acredita no projeto doa. É um caminho”, diz o deputado federal e ex-presidente do PT mineiro, Reginaldo Lopes. O parlamentar ressalta que defende o financiamento público de campanha e que não é contra as doações de empresas, desde que seja estabelecido um limite.
O sistema utilizado pela família de Genoino e pelos amigos de Delúbio consiste em um site para divulgar os pedidos de doações. A pessoa interessada em doar deve fazer um depósito identificado e enviar o comprovante por email. O doador ainda é orientado a declarar o valor no Imposto de renda. Os dois arrecadaram mais de R$ 1,7 milhão em 17 dias.
Nas eleições de 2010, a então candidata do PV à Presidência, Marina Silva (hoje no PSB), apostou na doação de pessoas físicas para financiar sua campanha. Porém, não obteve muito sucesso. Em pouco mais de três meses arrecadou R$ 162,9 mil, com 2.831 doadores via cartão de crédito.
Para o ex-vice-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa, Roberto Carvalho, a possível decisão do Supremo de proibir doações de empresas abre sim a possibilidade de recorrer às pessoas físicas para arrecadar recursos. “Quando fundamos o PT, vendíamos estrelinha para financiar o partido. Se o Supremo legislar, vamos fazer (a ‘vaquinha’)”, diz Carvalho.
Já o deputado federal e presidente do PT de Belo Horizonte, Miguel Corrêa, discorda da “vaquinha” para financiar as campanhas do partido. Para ele, tem que ser adotado o financiamento público de campanha. “O PT com certeza consolidou esse tipo de modelo de doação, mas não é o modelo ideal. Não é o modelo que apostamos, mas pode ser que aconteça”, afirma. Para o parlamentar, as doações para Genoino e Delúbio não se “reproduziriam em uma eleição para governador ou presidente”.
Pimentel não fez doação
Em visita a Belo Horizonte, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse, ontem, que não fez nenhuma doação aos petistas presos no processo do mensalão.
“Não fiz doação nem para o Delúbio nem para nenhum outro companheiro. Monetariamente não estava preparado”, afirmou. Questionado se a recusa em colaborar foi apenas por uma questão financeira, Pimentel minimizou.
“O Brasil tem Justiça, ela funciona, vamos aceitá-la, ainda que, interiormente, nós possamos estar solidários com os companheiros”. (Raquel Gondim)
“Foi uma bela experiência. Há uma admiração da militância pelos dois (Genoino e Delúbio) e demonstramos força. A pessoa que acredita no projeto doa. É um caminho”, diz o deputado federal e ex-presidente do PT mineiro, Reginaldo Lopes. O parlamentar ressalta que defende o financiamento público de campanha e que não é contra as doações de empresas, desde que seja estabelecido um limite.
O sistema utilizado pela família de Genoino e pelos amigos de Delúbio consiste em um site para divulgar os pedidos de doações. A pessoa interessada em doar deve fazer um depósito identificado e enviar o comprovante por email. O doador ainda é orientado a declarar o valor no Imposto de renda. Os dois arrecadaram mais de R$ 1,7 milhão em 17 dias.
Nas eleições de 2010, a então candidata do PV à Presidência, Marina Silva (hoje no PSB), apostou na doação de pessoas físicas para financiar sua campanha. Porém, não obteve muito sucesso. Em pouco mais de três meses arrecadou R$ 162,9 mil, com 2.831 doadores via cartão de crédito.
Para o ex-vice-prefeito de Belo Horizonte e pré-candidato a uma cadeira na Assembleia Legislativa, Roberto Carvalho, a possível decisão do Supremo de proibir doações de empresas abre sim a possibilidade de recorrer às pessoas físicas para arrecadar recursos. “Quando fundamos o PT, vendíamos estrelinha para financiar o partido. Se o Supremo legislar, vamos fazer (a ‘vaquinha’)”, diz Carvalho.
Já o deputado federal e presidente do PT de Belo Horizonte, Miguel Corrêa, discorda da “vaquinha” para financiar as campanhas do partido. Para ele, tem que ser adotado o financiamento público de campanha. “O PT com certeza consolidou esse tipo de modelo de doação, mas não é o modelo ideal. Não é o modelo que apostamos, mas pode ser que aconteça”, afirma. Para o parlamentar, as doações para Genoino e Delúbio não se “reproduziriam em uma eleição para governador ou presidente”.
Pimentel não fez doação
Em visita a Belo Horizonte, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Fernando Pimentel, disse, ontem, que não fez nenhuma doação aos petistas presos no processo do mensalão.
“Não fiz doação nem para o Delúbio nem para nenhum outro companheiro. Monetariamente não estava preparado”, afirmou. Questionado se a recusa em colaborar foi apenas por uma questão financeira, Pimentel minimizou.
“O Brasil tem Justiça, ela funciona, vamos aceitá-la, ainda que, interiormente, nós possamos estar solidários com os companheiros”. (Raquel Gondim)
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