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domingo, 26 de janeiro de 2014

ELEIÇÕES 2014; FALTAM NOMES DE EXPRESSÃO PARA DEPUTADO ESTADUAL

Por ipuemfoco   Postado  domingo, janeiro 26, 2014   Sem Comentários

                          
A oposição cearense, nas eleições deste ano, também não tem nomes de expressão eleitoral para disputar vagas no Parlamento Nacional e na Assembleia Legislativa. Agremiações como PSDB, PR, PRB e o PSB, pelo rol de filiados propensos a enfrentarem as urnas, terão dificuldades imensas de manter representantes na Câmara Federal, a partir de 2015. No espaço do Legislativo estadual, à exceção do PR, as demais siglas oposicionistas praticamente ficarão esvaziadas.

Hoje, a composição da Assembleia é quase que totalmente liderada pelo governador do Estado. Com o encolhimento das oposições, a perspectiva é que elas continuarão muito pequenas no Legislativo cearense fotos: José Leomar

O PR e o PSDB, hoje, individualmente com um único deputado federal, em razão das adesões a outras siglas de ex-filiados eleitos em 2010, estão preocupados em reelegê-los. A desistência do ex-governador Lúcio Alcântara de tentar voltar à Câmara, no entender do principal animador do PR neste Estado, Roberto Pessoa, juntamente com o ex-deputado Marcelo Teixeira, hoje empresário do ramo hoteleiro, deixam periclitante a situação de Gorete Pereira, enquanto no PSDB, a ameaça é sobre o mandato de Raimundo Gomes de Matos.

Nada a se comemorar por esse sombrio futuro dessas e outras siglas. O bom seria, para o Estado, o futuro Governo cearense, e à própria Democracia, era termos uma eleição proporcional com o maior número de postulantes competitivos, de todas as legendas, para permitir um Legislativo, tanto o de Brasília quanto o do Ceará, com oposição e situação numericamente parecidas, e os governantes menos independentes como se sentem hoje, pela falta do equilíbrio entre aliados e adversários.

Utopia

É certo que com os vícios levados por alguns para a política nacional, alcançarmos um razoável equilíbrio de forças entre oposição e situação ainda parece ser uma utopia. A vontade de aderir para gozar de benesses do Poder, não resiste um mínimo aceno do governante ou de seus prepostos. Para esses (adesistas) não existe pudor. 

O objetivo é a satisfação pessoal, em que se inclui o projeto de reeleição. E com a permanência deles no Parlamento sempre haverá trânsfugas e fragilidade daquele que deveria ser o mais importante dos Poderes.

Realmente, pelo modo de se fazer campanha eleitoral nos dias atuais, é difícil a caminhada dos adversários dos governos, embora tenhamos políticos bem sucedidos eleitoralmente, sem necessidade de descerem para a vala comum do adesismo, da troca de partidos e da compra ou troca de favores por votos pelo fato de permanecerem coerentes com seus princípios.

Em 2010, quando foram eleitos os atuais legisladores, estaduais e federais, para cada um vitorioso como deputado estadual era exigido um total de 94.667 votos, o chamado quociente eleitoral, considerando-se os votos diretamente dados ao candidato e mais os da legenda, aquele que o eleitor não nomina o candidato, mas vota no partido dele ou em outro da mesma coligação, se existir. 

Já para cada deputado federal ser eleito foi exigido, no mesmo processo, 193.566 votos. Esses números, em razão do aumento do eleitorado, serão maiores no pleito deste ano.

Pouquíssimos são os candidatos que conseguem eleger-se com votação própria. A quase totalidade dos eleitos se beneficiam dos votos de legenda e isso se dá com as coligações partidárias efetivadas já com o propósito de beneficiar aqueles com melhores condições eleitorais nos respectivos grupos, surgindo daí algumas disparidades entre os últimos eleitos, fazendo aparecer suplentes com um total de até 50 mil votos e eleitos com menos votos que suplentes.

A indefinição quanto ao quadro de candidatos ao Governo, no momento, aumenta a ansiedade daqueles que dependem das coligações partidárias para se tornarem competitivos. Só o grupo do Governo transmite tranquilidade para os seus distribuídos nos diversos partidos que o integram.

Desidratado

E estão no esquema governistas aqueles que amealharão a maior quantidade de votos individuais e ainda se beneficiarão com os de legenda, tanto para deputados federais quanto para estaduais. Assim, nas listas em organização, sem contar nomes como de Domingos Filho, José Albuquerque e Mauro Filho, na disputa pelo cargo de governador, em cujas eleições para a Assembleia, pelo menos, dois deles poderão estar dentre os mais votados, só Heitor Férrer e Roberto Pessoa figurarão dentre os futuros deputados que somarão mais de 80 mil votos, embora também dela possa participar o Capitão Wagner.

O PR, do grupo oposicionista, é quem mais bem situado estará na disputa por vagas no Legislativo estadual, diferentemente do PSDB, até bem pouco tempo a agremiação majoritária e hoje sem quadros que motive especular-se sobre sua futura representação parlamentar no Estado. E o PSB, desidratado com a saída dos governistas das suas hostes, tende a assim ficar.

Mas como é relativamente muito curto o espaço de manobras da oposição neste Estado, até a formação de alianças é difícil. E isso afasta da disputa até mesmo políticos tradicionais, sem compromisso com o partido e desprovido de espírito público, portanto receosos da possibilidade de um revés, pela impossibilidade de sozinho conquistar o mínimo de votos exigido pelo quociente eleitoral.
EDISON SILVAEDITOR DE POLÍTICA

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