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segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

POSSE NO PT MUDA CORRELAÇÃO DE FORÇAS NA ALIANÇA QUE GOVERNAM O CEARÁ

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, dezembro 02, 2013   Sem Comentários

                                          
Nesta semana, grupo de Guimarães retoma comando do partido, depois de seis anos. Os impactos vão para além do PT e mexem com a correlação de forças da ampla base governista, em momento de estremecimento com PMDB

A partir de sexta-feira, 6, terá início novo ciclo de poder da aliança que governa o Ceará. Aliado prioritário de Cid Gomes (Pros) em sua primeira gestão, o PT cearense empossa nova cúpula e retoma posto de “braço direito” do governo – ocupado desde 2010 pelo PMDB de Eunício Oliveira. 

Com eleição de Diassis Diniz e a retomada do controle da legenda pelo deputado federal José Guimarães na legenda, o PT volta a ser o “fiel da balança” de Cid, em quadro que ditará rumos do Estado para 2014.

Mais do que a escalada de aliados do governo dentro do petismo, a posse de Diassis marca também o isolamento de um dos principais núcleos de oposição a Cid no Estado – a corrente de Luizianne Lins no PT. A “reaproximação” ocorre ao mesmo tempo em que se intensifica movimento de certo distanciamento do PMDB na base do Estado.

Provocado pelo fortalecimento da tese de candidatura própria de Eunício Oliveira, estremecimento entre peemedebistas e Cid provocou inclusive rachas internos no PMDB.
 Com os desentendimentos, quadros como o vice-governador Domingos Filho deixaram a sigla. Com nova direção “fiel” ao governo, o PT volta a ocupar o lugar de maior prestígio junto ao governador no Estado.


Relação histórica

O deslocamento de forças remete à primeira candidatura de Cid Gomes, em 2006. Recém-chegado de Washington, o ex-prefeito de Sobral deu as primeiras declarações públicas admitindo a candidatura que já era tratada internamente como fato consumado apenas após receber apoio formal do PT. 

Como candidato de oposição a Lúcio Alcântara (então PSDB, hoje PR), disputou no mesmo palanque do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com as bênçãos da então prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins -que chegou a se deslocar até Sobral para pedir votos para Cid. Na ocasião, o vice foi escolhido por ela: o petista Francisco Pinheiro. Com a vitória de Cid, petistas terminam como os mais contemplados no primeiro escalão, com quatro secretarias.

A relação, no entanto, sofreu seu primeiro abalo em 2008, após Luizianne – então candidata à reeleição – apresentar resistências à indicação do primo de Cid, Tin Gomes (PHS), ao posto de vice-prefeito da chapa petista. 

O impasse se arrastou durante todo o primeiro mês de campanha e deixou sequela que só se agravaria, com episódios que se seguiria, como a divergência entre prefeita e governador sobre estaleiro na praia do Titanzinho.

O estremecimento fortaleceu o papel do PMDB na aliança, que gradualmente passou ao posto de mais importante aliado do Palácio da Abolição. Em 2010, o partido emplacou duas vagas na chapa majoritária da base aliada, com o senador Eunício Oliveira e o vice-governador Domingos Filho.

As relações Cid-PT chegaram ao nível de rompimento na eleição municipal de 2012, quando Luizianne Lins lança Elmano de Freitas para sua sucessão. Alegando não ter participado do processo de escolha do candidato, Cid Gomes rompe com a ex-prefeita e banca candidatura do presidente da Assembleia, Roberto Cláudio (então PSB), ao Paço Municipal. Mais uma vez o PMDB é peça central, ficando com o vice-prefeito Gaudêncio Lucena.


Derrotada em Fortaleza, Luizianne passou a pregar rompimento entre petistas e cidistas no Estado, apoiando candidatura própria do partido à sucessão estadual. Após forte tensionamento, o Processo de Eleição Direta (PED) do PT, no início de novembro, teve como previsível resultado a vitória a Diassis Diniz, da corrente do deputado Guimarães. O resultado isola o grupo da ex-prefeita entre os petistas, abafa as vozes descontentes com o governo, dá cores mais cidistas à legenda e, com isso, minimiza a importância peemedebista para o governador.

O quê

Quando Cid foi eleito, o PT era o principal aliado. Série de desgastes gradualmente deu ao PMDB o posto de mais importante suporte à base governista a partir de 2010 e sobretudo em 2012. Mas, a perspectiva de candidatura de Eunício e a nova realidade do PT invertem os papéis.
OPOVO

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