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sexta-feira, 8 de novembro de 2013

ASSINADO O DECRETO QUE PERMITE A MIGRAÇÃO DE RÁDIO "AM PARA FM"

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, novembro 08, 2013   Sem Comentários




A presidente Dilma Rousseff assinou, ontem, em Brasília, durante cerimônia no Palácio do Planalto, decreto que autoriza a migração das emissoras de rádio que operam na faixa AM para a FM.

O presidente da Associação Cearense de Emissoras de Rádio e Televisão (Acert), Edilmar Norões, que esteve presente na cerimônia, classificou como um momento histórico para o rádio brasileiro esta migração. 

Ao lado da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann; do presidente do Senado, Renan Calheiros, e do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, Dilma comemorou a medida que ajudará a firmar o rádio na sociedade FOTO: HERMÍNIO

"Viemos externar para todos do País como é importante esta inovação, principalmente para o nosso Sistema Verdes Mares. Nós sabemos o quanto a radiodifusão pode e deve comemorar esta conquista", afirmou o superintendente do Sistema Verdes Mares, Ricardo Nibon, que também esteve na solenidade.

No total, 1.772 emissoras que operam na faixa AM no País, divididas em alcance local, regional e nacional, terão prazo máximo de um ano para solicitar a mudança da frequência. O decreto prevê que as emissoras AM interessadas na migração vão poder requerê-la a partir de 1º de janeiro de 2014. Em seguida, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) vai fazer estudos para avaliar a viabilidade da transferência. As rádios poderão operar nas duas faixas, simultaneamente, por até cinco anos.

O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo afirmou que "na maioria das localidades, é possível fazer a transferência, mas em grandes centros pode haver dificuldade". 

De acordo com ele, em locais onde não haja espaço disponível, o governo vai usar as frequências dos canais 5 e 6 da televisão para atender aos pedidos de migração. Isso, porém, só deve acontecer após a conclusão do processo de digitalização da TV aberta.

Bernardo disse ainda que as rádios têm papel importante para informação da população, principalmente nas pequenas cidades. E que o governo tem interesse em expandir a radiodifusão no território brasileiro, mas com qualidade, por isso a importância do decreto que permite a migração.

Referência

"É evidente que esta mudança é importante para o Sistema Verdes Mares, que é um referencial na radiodifusão não apenas cearense ou nordestina, mas de todo o País. Nós não poderíamos deixar de vir aqui confraternizar com os outros companheiros. Nós que fazemos parte da Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão). O público ouvinte é que está de parabéns", afirmou Norões.

O presidente da Acert ressaltou que a rádio AM continuará a ser um dos mais fortes veículos de comunicação do Ceará. "E o destaque é da nossa Verdinha, a Rádio Verdes Mares, que é referência nacional em audiência. Nós temos ainda a Rádio Tamoio no Rio de Janeiro, e rádios FM no Estado do Ceará e em Recife, mas é um sistema que se completa e acabamos por ter um sistema de rádio único que vai transmitir evidentemente como é melhor para o público ouvinte", disse.

Para a presidente Dilma Rousseff, "as rádios AM são um verdadeiro patrimônio do Brasil, por isso é importante que o Estado crie condições para que continuem prestando serviços e se adaptem às tecnologias do mundo das comunicações". 

"A migração para as faixas FM vai, sem dúvida, melhorar a qualidade da transmissão e com menos ruído e interferência. As atuais rádios AM vão manter seus ouvintes e até poderão aumentar a audiência ganhando maior poder de negociação com anunciantes", destacou Dilma.

Legado

Com descontração, a presidente recordou de forma nostálgica as radionovelas que acompanhava na infância, ao lado da família, e lembrou a importância do Repórter Esso, noticiário histórico para a sociedade brasileira. "Ao cativar as novas gerações, esse fato (assinatura do decreto) ajudará a firmar o rádio como meio de comunicação que ultrapassa fronteiras etárias, geográficas e sociais", disse a presidente.

O presidente da Abert, Daniel Pimentel Slaviero, disse que o decreto é "o fato mais relevante para o rádio AM nos últimos 50 anos". 

"Esta é uma medida justa, que valoriza o pequeno radiodifusor, pois 79% das rádios AM têm até 5 Kw de potência, a grande maioria em cidades de pequeno e médio portes", disse Slaviero, que aproveitou ainda a cerimônia para pedir à presidente Dilma que faça a base aliada ao governo no Congresso colocar em votação o projeto que flexibiliza o horário de transmissão da "Voz do Brasil".

Qualidade de transmissão vai melhorar

Para migrar à faixa FM, as rádios AM vão ter que trocar seus sistemas de transmissão de sinal, que inclui transmissores, antenas e equipamentos auxiliares. O investimento médio previsto é de cerca de R$ 85 mil para cada emissora. O governo deve oferecer financiamento ao setor. 

A troca dos equipamentos é necessária porque as rádios AM funcionam em uma frequência de 525 KHz, no início do espectro, enquanto as rádios FM operam em 88 MHz. As ondas de rádio emitidas pelos transmissores AM são consideradas de tamanho médio, com alcance maior que os de FM, que têm ondas curtas. 

Portanto, a diferença técnica entre uma e outra está na propagação dessas ondas. Frequências como as da rádio AM estão mais sujeitas a sofrerem interferência de equipamentos e sons, como eletrodomésticos, fábricas, linhas de transmissão e até o barulho produzido por veículos. Por isso o sinal dessas emissoras tem uma qualidade inferior à das FM.
ANE FURTADOREPÓRTER 

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