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sábado, 19 de outubro de 2013

PT DEIXA O GOVERNO EDUARDO CAMPOS

Por ipuemfoco   Postado  sábado, outubro 19, 2013   Sem Comentários

                                 O presidente nacional do PT, Rui Falcão Foto: André Coellho/O Globo
O PT deve anunciar no domingo a saída do partido do governo de Eduardo Campos (PSB), em Pernambuco.
Com os ânimos inflamados por conta das eleições internas da legenda, os petistas pernambucanos se reúnem no diretório estadual no domingo, quando decidem também como vão se posicionar em relação a Campos, que, segundo o presidente nacional do PT, Rui Falcão, tem feito “declarações hostis” sobre o governo Dilma e os petistas.

Nesta sexta-feira, Falcão reuniu em São Paulo 15 lideranças do PT no estado para tentar pacificar o racha, que teve início na campanha municipal de 2010 e se agravou com a disputa das eleições internas e com o anúncio de Campos de concorrer à Presidência. Para Falcão, o PT deve se unir no estado como estratégia de “autodefesa”.

O partido havia decidido discutir em cada estado como ficaria a relação com os governos socialistas dos quais participava, mas acabou atropelado pela decisão de Eduardo Campos de anunciar sua pré-candidatura ao lado da ex-ministra Marina Silva.

- Os cargos não eram a questão essencial. Ocorre que o governador anunciou junto com a ex-senadora Marina Silva que ia ser candidato a presidente da República e tem feito uma série de declarações hostis. A partir daí, a discussão não é mais se tem ou não incompatibilidade programática, mas sim como o PT vai se posicionar - disse Falcão.

A corrente majoritária do PT, Construindo um Novo Brasil, da qual fazem parte o presidente estadual do partido, deputado Pedro Eugênio, o deputado João Paulo Lima e o senador Humberto Costa, havia anunciado no início da semana que entregaria os 25 cargos que ocupa no governo do PSB.

O anúncio gerou críticas das alas mais à esquerda da legenda e do coletivo Democracia Representativa, do ex-prefeito de Recife João da Costa, que chegou a dizer que o partido não poderia deixar o governo “pela porta dos fundos”. Segundo Falcão, a polêmica se deu porque essas alas defendem que a decisão seja tomada na instância partidária e não com anúncios pessoais.

- Foi (uma crítica) de procedimentos. Mas se deve entender que há uma disputa muito acirrada no PED (processo de eleições diretas) local. Meu objetivo aqui era encaminhar um PED com polêmica e tal, mas que não cruzasse com essa questão com o governo local e que nós buscássemos construir uma unidade muito forte para ter um projeto para o estado, para construir um palanque para Dilma, seja do PT, seja um palanque em aliança com outras candidaturas, seja para nos posicionarmos lá em relação à própria ofensiva em direção ao PT como foi o caso da cooptação de parlamentares federais e estaduais e de assédio a outros políticos nossos. Uma estratégia de autodefesa de nosso partido.

A tendência do partido era sair da reunião em São Paulo com a questão dos cargos já superada. Candidata a presidente estadual da legenda, a deputada Teresa Leitão foi um dos nomes que seguraram a decisão para domingo, para que seja aprovada e anunciada pelo diretório estadual.

- A minha opinião é de que nós devemos entregar os cargos. Mas não posso dizer que essa opinião vai prevalecer - disse Pedro Eugênio.

Os petistas também enfrentam no momento a questão de como vão enfrentar o governador Campos. Não devem se aliar diretamente à oposição na Assembleia Legislativa, comandada pelo PSDB, mas podem pontualmente engrossar o coro dos opositores. 

Há a possibilidade formarem um bloco independente com o PTB, já que existe a possibilidade de o PT apoiar o partido na eleição estadual, com o nome do senador Armando Monteiro. Mas, nos bastidores, o PT ainda não se decidiu pelo apoio ao petebista. 

Uma ala forte do partido avalia que seria importante, no estado, que o PT tivesse uma candidatura própria e usasse seu tempo de TV para tentar desconstruir a imagem de Eduardo Campos, que conta com mais de 70% de aprovação no estado.

Apesar da tentativa de pacificação do PT nacional em Pernambuco, a reunião do diretório estadual promete tensão e um possível aprofundamento da crise. João da Costa afirmou que a decisão sobre o rompimento com os governos do PSB é polêmica e pode ser adiada. 

Seu grupo defende que o assunto seja ainda mais discutido, ampliando a questão para os municípios onde os dois partidos fazem a coalizão. Costa afirma ainda o governo de Campos reúne 15 partidos e boa parte deles faz parte da base do governo Dilma. 

Para Costa, o rompimento imediato com o PSB pode afastar ainda mais petistas do partido. Até agora, além do deputado Maurício Rands, outros dois deputados estaduais deixaram o PT para integrar o PSB. O ex-prefeito admite, no entanto, que o grupo de Pedro Eugênio, João Paulo e Humberto Costa tem número suficiente na composição do diretório estadual para aprovar a decisão.

- Eles têm maioria para aprovar, resta saber em que condições vão fazer isso.O GLOBO

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