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segunda-feira, 7 de outubro de 2013

COM MARINA, CAMPOS VAI A GUERRA NOS ESTADOS

Por ipuemfoco   Postado  segunda-feira, outubro 07, 2013   Sem Comentários

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Passada a surpresa provocada pela aliança entre ex-senadora Marina Silva e o governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos, o PSB agora se prepara para ir ao campo de batalha das eleições estaduais; 

Atualmente com cinco estados sob seu comando, a legenda avalia lançar candidatos próprios no Distrito Federal, com o senador Rodrigo Rollemberg, no Rio Grande do Sul, com o deputado Beto Albuquerque, além de ter novas opções em estados como Minas Gerais, com o agora socialista Alexandre Kalil; em São Paulo, o deputado Walter Feldman, bastante ligado a Marina, surge como uma opção própria para concorrer ao Palácio dos Bandeirantes

Passada a surpresa inicial provocada pela filiação da ex-senadora Marina Silva ao PSB, do governador de Pernambuco e presidenciável, Eduardo Campos, é chegada a hora de redefinir os palanques e alianças que definirão os candidatos que disputarão os governos estaduais pelo Brasil afora. 

Com uma nova musculatura, graças ao ingresso de Marina e seus seguidores, o PSB agora ganha força o bastante para fortalecer os palanques nos seis estados que já administra e já avalia lançar a possibilidade de candidaturas próprias em estados onde a tendência, até o final da semana passada, era de apoiar candidatos de outros partidos.

Neste novo pacote entram estados como o Rio Grande do Sul, Minas Gerais e o Distrito Federal, além daqueles já governados pelo PSB, como Pernambuco, Paraíba, Piauí, Amapá e Espírito Santo, mas que enfrentam problemas em função da composição e formação dos palanques locais. 

Além disso, a junção PSB e Rede poderá levar a formação de uma bancada de até 50 deputados federais, meta almejada pelo PSB, e abre novas opções em estados importantes como São Paulo e Rio de Janeiro.

Em Pernambuco, base do pré-candidato socialista, as opções são muitas. Estão no páreo da sucessão, o secretários estaduais da Casa Civil, Tadeu Alencar; Cidades, Danilo Cabral; e o atual dirigente da Secretaria da Fazenda, Paulo Câmara. 

Também estão cotados o ex-ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra Coelho, e o vice-governador João Lyra Neto, recém-filiado ao PSB. Enquanto decide internamente que será o indicado para sucedê-lo, Campos ganha fôlego para diminuir o ímpeto das aspirações do até agora aliado PTB, que tem no senador Armando Monteiro Neto o seu pré-candidato ao Palácio do Campo das Princesas. 

Na Paraíba. Espírito Santo, Piauí e Amapá, o reforço também é bem vindo e deverá assegurar candidatos próprios à reeleição ou para dar continuidade as administrações socialistas. 

Já no Ceará, onde o governador Cid Gomes e o seu irmão, o secretário de Saúde, Ciro Gomes, saíram da legenda atirando para se filiarem ao PROS, os problemas são maiores. 

Como Ciro e Cid levaram consigo quase 500 lideranças políticas, o PSB agora tenta recompor suas forças para enfrentar o candidato ao Palácio da Abolição que deverá ser indicado pelo Clã Gomes. Ali, o impacto da entrada de Marina Silva na legenda socialista ainda não teria sido completamente dimensionado pelo PSB e seus aliados. 

Já no Distrito Federal, o líder da legenda socialista no Senado, Rodrigo Rollemberg, tende a se unir a José Antônio Reguffe (PDT), que foi campeão de votos na última eleição, o que pode dificultar enormemente os planos de do governador Agnelo Queiroz, além de causar problemas quanto a um possível retorno de Joaquim Roriz e do seu grupo.

Se Reguffe não decidir se lançar ao governo, ocupando a vaga de vice e ou mesmo se lançando ao Senado, como deseja explicitamente o PSB, Rollemberg só terá a comemorar a competitividade da chapa que deverá encabeçar. Além disso, o apoio tácito de Marina, que teve no Distrito Federal a maior votação entre todos os presidenciáveis em 2010, engorda sobremaneira as chances de uma candidatura própria da sigla socialista.

No Rio Grande do Sul, o líder do PSB na Câmara, Beto Albuquerque, também só tem a ganhar com o ingresso de Marina na legenda socialista. Atualmente, o PSB enfrenta problemas derivados do “assédio”, como define o parlamentar e presidente estadual do partido, por parte do PT junto a diversos quadros da legenda e também aos seus aliados. 

Com o fim da aliança que elegeu o petista Tarso Genro já no primeiro turno de 2010, o PSB tem defendido lançar um candidatura própria ou apoiar algum partido que, além de alinhado em nível estadual, garanta um palanque forte para o projeto nacional de Eduardo Campos.

Se a intenção inicial do PSB era apoiar a senadora Ana Amélia Lemos (PP), que se encontra empatada tecnicamente com o governador Tarso Genro, para disputar o Governo do Estado, esta situação muda radicalmente com o fator Marina. 

Com um recall forte e um discurso alinhado ao PSB, ela injeta musculatura suficiente para assegurar aos socialistas uma disputa com chances de chegar ao Palácio Piratini, ao mesmo tempo em que garante o palanque desejado por Campos. 

Neste ponto, uma candidatura própria do PSB, tendo o deputado Beto Albuquerque como cabeça de chapa, deixa de ser uma possibilidade para ganhar contornos reais dentro do novo contexto político provocado pela entrada de Marina nos quadros do partido.

Em Minas Gerais, movimentação provocada pela entrada de Marina e seus seguidores poderá levar o PSB a rever a ideia inicial de ter um palanque duplo juntamente com o PSDB, do senador mineiro Aécio Neves. Agora, além de trabalhar com o nome do prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda – que tem se mostrado reticente quanto a ser o candidato escolhido pela legenda para disputar o Governo do Estado , o PSB passa a ter como opção o recém-filiado presidente do Atlético-MG Alexandre Kalil que, neste sábado (5), declarou ser “um soldado à disposição dela (Marina)”.

Em São Paulo, o deputado Walter Feldman, que possui uma ligação bem próxima com Marina Silva, tanto que optou por deixar o PSDB paulista para acompanhar Marina e sua filiação ao PSB, o que o coloca, segundo membros do alto escalão socialista, como uma opção a ser pensada seriamente na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014. 

A justificativa está na força da ex-senadora junto ao eleitorado paulista, em especial aquele localizado nos grandes centros e na juventude que ganhou as ruas em protesto pela melhoria dos serviços públicos. Apesar da possibilidade de lançar Feldman como candidato já estar em análise, o PSB também avalia uma chapa encabeçada por outros nomes históricos do PSB paulista, como a ex-prefeita Luísa Erundina, entre outros.

No Rio de Janeiro, onde o PSB enfrentou uma série de problemas que levaram até a uma intervenção por parte da Executiva nacional junto ao diretório estadual, a filiação de Marina Silva resultou em um alívio mais do que necessário. Com um recall e uma penetração significativa junto ao eleitorado fluminense, a ex-senadora tem assegurado cacife suficiente para indicar até mesmo quem poderá encabeçar uma chapa na disputa pelo Palácio da Guanabara.

“É uma união que produz resultados ainda não completamente dimensionados. O fato é que a união entre o PSB e a Rede teve uma forte repercussão e foi muito bem recebida em todo o país. Estamos reavaliando os cenários estaduais e nacional para definirmos uma estratégia conjunta diante de toda esta mudança no quadro político atual. Certeza mesmo é que muita coisa terá que ser revista”, disse o líder do PSB no Senado, Rodrigo Rollemberg.PE247

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