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sábado, 7 de setembro de 2013

MANIFESTANTES INVADEM ÁREA DE DESFILE MILITAR NO CENTRO DO RIO

Por ipuemfoco   Postado  sábado, setembro 07, 2013   Sem Comentários

             Tumulto entre manifestantes e policiais na Presidente Vargas Foto: Pablo Jacob / Agência O Globo
Manifestantes que fazem uma passeata no Centro do Rio invadiram, por alguns minutos, a Avenida Presidente Vargas, no Centro do Rio, onde é realizada a parada militar do Sete de Setembro.


Eles acessaram a pista pela Praça da República depois de terem sido barrados na Avenida Passos, onde houve um tumulto com policiais militares. Homens do Batalhão de Choque tentaram conter os manifestantes com bombas de gás lacrimogênio. Um grupo de militares que ia participar do desfile chegou a descer dos carros para ajudar na segurança. Apesar da confusão, o desfile cívico continua, mas as arquibancadas estão vazias. Cerca de 300 manifestantes participam da passeata.

O público que assistia ao desfile militar teve de correr em busca de abrigo para se proteger de bombas de efeito moral lançadas durante a confusão na Presidente Vargas. Assustados, pais com crianças tentavam se proteger do tumulto. Segundo o Comando Militar do Leste, 4 mil pessoas acompanhavam a parada militar. Devido à confusão, o acesso Campo de Santana da Estação Central do metrô foi fechado. Apenas o acesso pela SuperVia está aberto ao público.

Dona Rosita, de 46 anos, que saiu às 7h de sua casa na Ilha do Governador para ver o filho, soldado da Aeronáutica, desfilar entrou em desespero ao ouvir o barulho de bombas e ser coberta pela fumaça. Ela e uma amiga correram para a Central do Brasil, onde se esconderam numa lanchonete.

- Só vi o povo correndo, a fumaça. A gente vem para o lazer e acaba desse jeito, saindo às pressas com esse vandalismo. Não tem mais paz - disse Rosita, que não quis revelar seu sobrenome, e não conseguiu ver o filho se apresentar.

O professor Eduardo Paparguerius, de 54 anos, criticou a ação da PM. Segundo ele, militares estavam retirando à força máscaras de alguns manifestantes.

- Por que a gente tem medo das máscaras? O clima é o pior possível. As pessoas não estão tendo direito de se manifestar - disse o professor.

Funcionário público Luiz Claudio Nascimento, 50 anos, que levou a sobrinha Bruna, de 5 anos, para assistir ao desfile, reparou que o número de pessoas que assistiam ao desfile era menor este ano. Ele contou que chegou à Avenida Presidente Vargas por volta das 7h e teve que esperar quase três horas para acompanhar o início da parada, que começou com atraso de um hora, por volta das 10h.

- Sou a favor da manifestação. Claro que nada justifica atos de vandalismo, mas percebo que muitas vezes o próprio poder público tem se excedido - observou Luiz Claudio.

A passeata teve concentração na Avenida Passos. De lá, so manifestantes seguirama pelas ruas do Centro Histórico. Impedidos de acessar a Presidente Vargas pela Avenida Passos por causa do bloqueio militar para a parada de Sete de Setembro, os manifestantes seguiram para a Praça Tiradentes e Rua Visconde de Rio Branco em direção ao Campo de Santana. No caminho, manifestantes jogaram uma bomba dentro do extinto 13º BPM (Praça Tiradentes). Os policiais responderam com pelo menos duas bombas de gás lacrimogênio. A vidraça de uma agência bancária foi atingida por uma pedra.

Na Avenida Passos, o tumulto entre manifestantes e policiais terminou com cinco pessoas presas. Um dos jovens estava com um estilingue e um desfragmentador de maconha. Representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), que acompanham o ato, informaram que um deles foi preso por desacato, outro por agressão. Um quarto detido usava máscara de gás.

Pelo menos cinco pessoas ficaram feridas durante a confusão. Um dos feridos foi atingido na cabeça e socorrido por estudantes de medicina que apoiam o protesto. Francisca de Assis Barbosa, de 37 anos, foi levada a pé para o Hospital municipal Souza Aguiar. Ela disse ter sido atingida por cassetete de um PM.

- Eles (os PMs) começaram a bater num homem que estava perto de mim e eu acabei sendo atingida na cabeça - disse.

O manifestante Hugo Andrade Pontes também foi encaminhado para o Souza Aguiar depois de ser atingido pela arma de choque de um PM. Outra pessoa inalou gás de pimenta e passou mal. A vítima também foi atendida por estudantes de medicina. Já o fotógrafo do jornal "O Dia", Alessandro Costa, foi atingido por um chute do policial militar.

Na Praça Tiradentes, o fotógrafo Marcos de Paula, do jornal "Estado de São Paulo", foi ferido por uma bomba de gás lacrimogênio. Ele disse que a bomba foi jogada pela polícia, quicou no chão e grudou no seu braço, causando uma queimadura.

Advogados disseram que os três presos foram levados para a 17ª DP (São Cristóvão). De acordo com a PM, no entanto, o manifestante que estava com um estilingue foi levado para a 5ª DP (Gomes Freire) para prestar esclarecimentos. O advogado Luan Cordeiro, do Grupos Habeas Corpus, disse que as prisões foram arbitrárias. Ele afirmou que os ativistas presos usavam máscaras, mas se identificaram às autoridades policiais.
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