O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), recebeu vaias nesta quarta-feira (11) em dois eventos dos quais participou ao lado da presidente Dilma Rousseff.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também recebeu nesta tarde, vaias ao ter seu nome anunciado pela presidente da República. Visivelmente constrangida, Dilma pediu aos funcionários do estaleiro que tivessem um "comportamento educado e civilizado".
A primeira vez foi pela manhã, ao ser chamado para discursar em um evento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade, em São Gonçalo, na região metropolitana do Estado.
Embora as vaias não tenham ocorrido de forma uníssona, Cabral pareceu ter se incomodado com a situação. Após dirigir a palavra ao prefeito de São Gonçalo, Neílton Mulim (PDT), um adversário político, a reação da plateia foi bem diferente: aplausos.
Cabral afirmou então que as pessoas ali presentes "poderiam aplaudir sempre", e ainda sugeriu a Mulim: "treina a sua turma para ela ser mais educada" --logo após novas vaias, quando o governador mencionou o nome do deputado estadual gonçalense Márcio Panisset (PDT).
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi vaiado pela segunda vez nesta quarta-feira ao aparecer ao lado da presidente Dilma Rousseff, dessa vez em um evento em um estaleiro da Petrobras, na zona portuária do Rio.
Além das vaias, as pessoas que acompanhavam a solenidade gritaram para que os peemedebistas deixassem o local. "Ih, fora, ih, fora", exclamavam os funcionários do estaleiro.
Cabral e Paes não falaram com os jornalistas ao fim do evento. Já a presidente Dilma, questionada sobre a polêmica da espionagem por parte do governo norte-americano, disse que esperaria um posicionamento do presidente Barack Obama antes de comentar o assunto.
"Corruptos" e "safados"
Não é a primeira vez que o governador enfrenta manifestações populares contra sua presença em eventos públicos. Em julho, durante a entrevista que Cabral e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), deram a jornalistas em Campo Grande, zona oeste da cidade, uma moradora gritou do lado de fora da escola: "Isso é uma vergonha, gente! Tem gente morrendo aqui". Uma menina de três anos morreu e outras sete pessoas ficaram feridas após o rompimento de uma adutora no bairro.
A entrevista foi encerrada depois de cerca de cinco minutos e os dois saíram da sala, com seguranças e assessores, para pegar uma van com vidros escuros que os levaria embora. Quando a van chegou à rua, moradores cercaram o veículo e xingaram o governador e o prefeito de "safados" e "corruptos".
O prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), também recebeu nesta tarde, vaias ao ter seu nome anunciado pela presidente da República. Visivelmente constrangida, Dilma pediu aos funcionários do estaleiro que tivessem um "comportamento educado e civilizado".
A primeira vez foi pela manhã, ao ser chamado para discursar em um evento do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) da Mobilidade, em São Gonçalo, na região metropolitana do Estado.
Embora as vaias não tenham ocorrido de forma uníssona, Cabral pareceu ter se incomodado com a situação. Após dirigir a palavra ao prefeito de São Gonçalo, Neílton Mulim (PDT), um adversário político, a reação da plateia foi bem diferente: aplausos.
Cabral afirmou então que as pessoas ali presentes "poderiam aplaudir sempre", e ainda sugeriu a Mulim: "treina a sua turma para ela ser mais educada" --logo após novas vaias, quando o governador mencionou o nome do deputado estadual gonçalense Márcio Panisset (PDT).
O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), foi vaiado pela segunda vez nesta quarta-feira ao aparecer ao lado da presidente Dilma Rousseff, dessa vez em um evento em um estaleiro da Petrobras, na zona portuária do Rio.
Além das vaias, as pessoas que acompanhavam a solenidade gritaram para que os peemedebistas deixassem o local. "Ih, fora, ih, fora", exclamavam os funcionários do estaleiro.
Cabral e Paes não falaram com os jornalistas ao fim do evento. Já a presidente Dilma, questionada sobre a polêmica da espionagem por parte do governo norte-americano, disse que esperaria um posicionamento do presidente Barack Obama antes de comentar o assunto.
"Corruptos" e "safados"
Não é a primeira vez que o governador enfrenta manifestações populares contra sua presença em eventos públicos. Em julho, durante a entrevista que Cabral e o prefeito da capital fluminense, Eduardo Paes (PMDB), deram a jornalistas em Campo Grande, zona oeste da cidade, uma moradora gritou do lado de fora da escola: "Isso é uma vergonha, gente! Tem gente morrendo aqui". Uma menina de três anos morreu e outras sete pessoas ficaram feridas após o rompimento de uma adutora no bairro.
A entrevista foi encerrada depois de cerca de cinco minutos e os dois saíram da sala, com seguranças e assessores, para pegar uma van com vidros escuros que os levaria embora. Quando a van chegou à rua, moradores cercaram o veículo e xingaram o governador e o prefeito de "safados" e "corruptos".
Pior avaliação do país
O governo de Cabral é o pior avaliado do país, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o instituto Ibope divulgada em julho e feita em 11 Estados. Apenas 12% da população considera a sua gestão ótima ou boa. A maneira dele de governar é aprovada por 29% dos eleitores, abaixo da média nacional, que é de 42%. Ele inspira confiança em 25% dos eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na avaliação das ações dos Estados por áreas específicas, o Rio de Janeiro se destaca em segurança pública como uma das mais elogiadas, embora esse desempenho não tenha sido suficiente para elevar a popularidade do governador.
Cabral tem sido alvo de protestos no Rio de Janeiro desde junho. Manifestantes chegaram a ocupar a rua em frente à sua casa, no bairro nobre do Leblon, na zona sul da cidade.
Outro escândalo envolvendo o governador recentemente foi o uso do helicóptero do governo do Rio para fins particulares. O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou foto em que Cabral deixa um helicóptero com a logomarca do governo do Estado trajando roupas esportivas – bermudão e camiseta.Hanrrikson de Andrade
O governo de Cabral é o pior avaliado do país, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o instituto Ibope divulgada em julho e feita em 11 Estados. Apenas 12% da população considera a sua gestão ótima ou boa. A maneira dele de governar é aprovada por 29% dos eleitores, abaixo da média nacional, que é de 42%. Ele inspira confiança em 25% dos eleitores. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Na avaliação das ações dos Estados por áreas específicas, o Rio de Janeiro se destaca em segurança pública como uma das mais elogiadas, embora esse desempenho não tenha sido suficiente para elevar a popularidade do governador.
Cabral tem sido alvo de protestos no Rio de Janeiro desde junho. Manifestantes chegaram a ocupar a rua em frente à sua casa, no bairro nobre do Leblon, na zona sul da cidade.
Outro escândalo envolvendo o governador recentemente foi o uso do helicóptero do governo do Rio para fins particulares. O deputado federal Anthony Garotinho (PR-RJ) publicou foto em que Cabral deixa um helicóptero com a logomarca do governo do Estado trajando roupas esportivas – bermudão e camiseta.Hanrrikson de Andrade
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