O trabalhador que estava sob os escombros de um prédio que desabou às 8h35 de hoje, na Zona Leste de São Paulo, foi resgatado por volta das 11h30. Enquanto ainda estava sob os destroços, com as pernas presas, ele relatou, por telefone celular, que houve uma ruptura e o desabamento completo da lage de cerca de 400 metros. No momento do acidente, 35 pessoas estavam no local, segundo o Corpo de Bombeiros. Relatório parcial indica 7 mortos e 21 feridos no desabamento. Cerca de 10 pessoas ainda estariam ainda sob os escombros.
Como, no local, funcionava um posto de gasolina, especula-se a ocorrência de uma explosão imediatamente antes do desabamento. Mas o trabalhador de 24 anos que estava em comunicação com os bombeiros disse não ter ouvido nada parecido. Em entrevista à GloboNews, o especialista em gerenciamento de risco Gustavo Cunha Mello disse que, pelas imagens, é possível dizer que o terreno afundou. Por conta disso, as estruturas das casas ao redor devem estar abaladas.
As pessoas socorridas foram encaminhadas para hospitais da região, com ferimentos que variam de intensidade leve a grave. Vinte carros dos bombeiros e 60 homens estão no local. O prédio, onde funcionaria o Magazine Torra Torra, loja de departamentos de roupas, fica no número 2.600 da Avenida Mateo Bei, uma das principais da região. Dois helicópteros águia da PM foram acionados para auxiliar no resgate. Dois cães farejadores também participam da busca pelas vítimas.
De acordo com o capitão do Corpo de Bombeiros Marcos Palumbo, o prédio de dois andares estava em construção havia cerca de três meses. A laje, que desabou por completo, teria cerca de 400 metros quadrados.
- Agora é um trabalho demorado, de muita cautela, porque, para fazer a retirada das vítimas que estão debaixo dos escombros, a gente precisa de muita técnica e muita paciência - explicou Palumbo, informando que o trabalho "é bem crítico".
Uma base médica foi montada no local. Os bombeiros estenderam no local quatro tipos de lona: a verde, para feridos que podem andar e falar e não inspiram tantos cuidados; a amarela, para pessoas em situação de saúde um pouco mais complicada, a vermelha, para pessoas que precisam ser atendidas emergencialmente; e a preta, para vítimas fatais.
A Companhia de Engenharia de Tráfego pede que os motoristas evitem a região, para não atrapalhar o trabalho dos bombeiros e também pelo risco de deslizamentos, já que os escombros invadiram e destruíram casas vizinhas ao local onde o imóvel estava sendo construído. Esses imóveis serão vistoriados pela Defesa Civil e poderão ser interditados, caso tenham risco de desabamentos. Carros que estavam estacionados na avenida também foram atingidos.
Em nota, o Magazine Torra Torra informa que o imóvel que desabou em São Paulo não era de propriedade da rede. Havia um contrato de locação do prédio pelo Torra Torra, no entanto, a rede somente assumiria finalizadas as obras estruturais, pelo proprietário. A nota diz ainda que o magazine "não tem nenhuma responsabilidade sobre a parte de engenharia civil".
A empresa diz também que contratou uma empresa de engenharia para fazer uma avaliação sobre as condições de uso do prédio. Se esse laudo técnico fosse positivo, atestando a segurança estrutural, a rede então faria o acabamento para abrigar mais uma unidade, continua a nota. A empresa enfatiza que só entraria com a loja no local após esse aval técnico. Segundo o Magazine Torra Torra, os imóveis da rede são "devidamente avaliados quanto à segurança estrutural, de acordo com engenheiros, para receber os empreendimentos".OGLOBO
.jpeg)
0 comentários:
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.