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sábado, 24 de agosto de 2013

''NÃO ACEITARIA UM FILHO MEU ESTUDANDO EM CUBA'',DIZ PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA

Por ipuemfoco   Postado  sábado, agosto 24, 2013   Sem Comentários

                 

Alto índice de reprovação de médicos formados em Cuba no Revalida sinaliza problemas na formação, avalia Florentino Cardos.

Em uma análise do modelo de formação que as universidades de medicina oferecem em Cuba, o presidente da AMB (Associação Médica Brasileira), Florentino Cardoso, desmentiu rumores de que um de seus filhos estaria estudando naquele país.

— Eu não aceitaria um filho meu estudando [medicina] em Cuba. Claro que ele teria liberdade de escolha para fazer o que quiser, mas sob minha orientação, não — disse. A filha de Cardoso é estudante do segundo ano de medicina em Fortaleza (CE).

Cardoso destacou algumas carências no ensino da medicina em Cuba. Para ele, as dificuldades econômicas enfrentadas por Cuba e a informação de que cerca de 90% dos formados em universidades daquele país foram reprovados no exame Revalida (Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos) nos anos de 2011 e 2012.

Dizendo ser importante não generalizar, Cardoso entende o alto índice de reprovação no exame de revalidação do diploma como um sinal evidente de que existem carências na formação oferecida pelas universidades cubanas.

— O que podemos afirmar com certeza é que nos anos de 2011 e 2012, cerca de 90% dos que foram formados em Cuba e que fizeram o Revalida foram reprovados. O exame do Revalida é considerado fácil. Esse mesmo exame foi feito em escolas de medicina do Brasil, públicas e privadas, e o índice de aprovação é superior a 70%.

Segundo dados do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela aplicação do Revalida, em 2011, dos diplomas com origem em Cuba, apenas 10,71% foram aprovados. No ano passado, o percentual foi de 10,99%. A Medida Provisória 621/13, assinada pela presidente Dilma Rousseff,desobriga os profissionais a passarem pelo exame de revalidação de diploma no Brasil.
Para ele, a falta de trabalhos expressivos cubanos em publicações médicas e, em casos de algumas universidades de Cuba, a ausência de instrumentos como o vestibular para medir o conhecimento dos estudantes que desejam estudar medicina representam mais problemas na formação oferecida pelo país. 

A ausência da participação da medicina cubana em publicações especializadas do setor também representa um problema para Cardoso.

— A medicina brasileira está presente em periódicos nacionais e internacionais. Já a cubana, não vemos.

Sem a aplicação de um vestibular ou um instrumento de avaliação para o aluno que deseja estudar medicina, Cardoso informa que algumas universidades adotam, como expediente, a indicação de candidatos, seja por movimentos sociais ou por partidos políticos, como instrumento de seleção.


Ele destaca ainda que, dos médicos formados em Cuba com os quais a AMB teve contato, foi possível identificar falhas na formação. E cita uma avaliação feita com um grupo de médicos vindos de Cuba que apresentou problemas.

— Houve um grupo de médicos formados em Cuba que foram avaliados por médicos brasileiro. Foram perguntadas coisas elementares que eles não sabiam.

Cardoso lembra, porém, que não se trata de um problema exclusivamente cubano. Para ele, com o número expressivo de cursos de medicina abertos no Brasil nos últimos anos, é fundamental que haja um instrumento de avaliação dos formados no País.

Sua maior preocupação com o início do treinamento de formados em Cuba, na próxima segunda-feira, é a barreira do idioma. O presidente da AMB lembra que, do grupo de médicos que virão ao País formados em Cuba, muitos são cubanos. Para ele, ruídos na comunicação podem interferir em um atendimento de qualidade. Os médicos serão alocados pelo governo nas regiões mais carentes, onde há necessidade de profissionais da saúde.

— Os que estão vindo agora não só médicos brasileiros formados em Cuba, mas cubanos mesmo, cuja língua é bastante diferente da nossa e vai falar com as nossas pessoas mais pobres e carentes. A comunicação é extremamente importante pra uma boa relação medico-paciente. Não sei como [os médicos] vão se comunicar com os pacientes.

A Medida Provisória 621/13, assinada pela presidente Dilma Rousseff,desobriga os profissionais a passarem pelo exame de revalidação de diploma no Brasil. O Ministério da Saúde informou que os estrangeiros devem fazer três semanas de curso de acolhimento e serão supervisionados por tutores das instituições de ensino superior do País. Se não forem aprovados em conhecimentos médicos e língua portuguesa, devem ser excluídos do programa. A carteira provisória entregue aos profissionais terá validade de três anos e será emitida pelos CRMs.
R7

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