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sexta-feira, 19 de julho de 2013

SÓ MERA COINCIDÊNCIA; PLANALTO TEM MAIS TRABALHO COM SEUS ALIADOS

Por ipuemfoco   Postado  sexta-feira, julho 19, 2013   Sem Comentários

Com uma base tão ampla, quanto trabalhosa, o governo federal precisa contar na maior parte das vezes com alguns líderes governistas que acabam assumindo papel de verdadeiros opositores


Nas negociações de propostas de interesse do governo no Congresso, já ficaram famosos por darem trabalho à articulação política do Planalto nomes como o do deputado Eduardo Cunha (RJ), líder do PMDB, e André Figueiredo, que lidera a bancada do PDT na Câmara e é campeão de emendas com objetivo de modificar os pedidos do Planalto.

Em meio às perspectivas de um ano pré-eleitoral, a lista de líderes rebeldes só tem engordado. Também é comum ouvir nos corredores do Planalto a ideia de que, quando se trata de oposição, se sabe com quem está falando. Já com os líderes da base, essa avaliação é mais difícil.

Beto Albuquerque, líder do PSB na Câmara e um dos principais articuladores da possível candidatura do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, à presidência da República, tem se esmerado em suas falas oposicionistas. Nas votações, no entanto, continua orientando a votação conforme o governo. “É que nós pensamos no bem do Brasil”, ironiza.

Piada

A atuação dos líderes rebeldes já causa piadas nos corredores da Câmara. Um petista chegou a dizer que a oposição deveria mover um processo contra eles para reivindicar o privilégio de ser protagonista na oposição ao governo.

É corrente também entre os governistas a ideia de que o Planalto não conseguiu estabelecer com o Congresso uma relação de “mérito e ressalvas”, como definiu um petista. A sensação é de que os mais rebeldes acabam conseguindo mais vitórias políticas junto ao Planalto do que os líderes que defendem as posições do governo.

Na avaliação de um petista, a queda do ex-ministro do Trabalho Brizola Neto, sucedido por Manoel Dias, tem muito da atuação de Figueiredo.

Ponto de honra

Os conflitos na base têm sido a tônica do governo de Dilma Rousseff e ficou mais evidente com a ascensão de Eduardo Cunha à liderança do PMDB. Desde que assumiu o cargo, Cunha tem sido a pedra no sapato de Dilma. Tanto é que sua relação com a ministra de Relações Institucionais, Ideli Salvatti, azedou ao ponto de não se falarem mais.

Na votação da MP dos Portos, essa indisposição se tornou evidente. O líder saiu derrotado já que os governistas aprovaram o texto base, como queria o Planalto. Nos bastidores, a articulação política comemorou ter derrotado Cunha nessa votação. Para a articulação do governo, derrota-lo naquele momento se tornou um “ponto de honra”.

No entanto, Eduardo Cunha, que era relator da medida na Câmara e havia apresentado uma série de mudanças ao texto, criticou publicamente a falta de disposição do Planalto em dialogar. Com isso, conseguiu sua própria vitória política: unir a bancada do PMDB na Câmara em torno de seu nome e em uma posição mais crítica em relação à Dilma.

Já no ano passado, quando a disputa pela liderança começava a ganhar corpo, Cunha já sabia que era preterido pelo Planalto para a função. Contou a seu favor a habilidade que teve durante as campanhas municipais de angariar recursos teve que ser engolido pelos caciques do partido e pela própria presidente.

Rebeldia

A rebeldia da bancada do PMDB também tem provocado indisposição entre Dilma e o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).Se antes da eleição para as presidências da Câmara e do Senado, Dilma tinha resistências a Renan Calheiros e apoiava Henrique Eduardo Alves, a situação se inverteu. “Hoje ela é mais Renan”, disse um peemedebista da Câmara.

Não tem agradado à presidente, a postura de Alves de “jogar para a plateia”, ou seja, de deixar com a bancada, decisões que ele poderia tomar. O Planalto, segundo interlocutores da articulação política, viu isso acontecer com as propostas apresentadas em relação à Reforma Política e à realização do plebiscito sobre o assunto. “Quem enterrou o Plebiscito foi o PMDB e, claro, com a concordância do presidente da Câmara”, disse um peemedebista para exemplificar essa ação.

Além da falta de esforço de Alves em atender os pedidos do Planalto para conter o líder do PMDB, Eduardo Cunha, o presidente da Câmara as sugestões de Alves para que Dilma antecipe a reforma ministerial e reduza 14 pastas também irritaram a presidente.

Nos bastidores, Alves ecoa a principal reclamação da bancada: a de que a presidente não recebe os parlamentares e não dialoga.

Críticas

Embora não seja líder de seu partido, o deputado Paulinho da Força (PDT-SP) faz parte da base aliada e tem dado mais trabalho que muitos opositores. A incompatibilidade entre o líder da Força Sindical, uma das principais centrais sindicais, com a presidente é conhecida no Congresso. É comum flagrar o deputado aos resmungos de que “ninguém aguenta mais a Dilma”.

Nos últimos meses, Paulinho tem liderado as críticas ao ministro da Fazenda, Guido Mantega, e acusado Dilma de mantê-lo no cargo sem a autoridade necessária.

Paulinho também ignorou as movimentações de Dilma Rousseff para tentar evitar as manifestações de trabalhadores na semana passada e manteve a paralisação do dia 11 de julho. “Ela não ouviu”, reclamou.Por Luciana Lima - iG 

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