CAMPOS:DEBATE 2014 NÃO PODE SER POBRE COMO 2010

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, cotado para se candidatar à Presidência da República em 2014, afirmou que o debate eleitoral em 2010 “foi um dos mais pobres que já tivemos”. Durante o workshop “O Brasil pode muito mais”, do Movimento Integra Brasil, coordenado por empresários cearenses e realizado na Federação da Indústria do Estado de Pernambuco (Fiepe), o pessebista disse esperar que, em 2014, o confronto de ideias não deve ocorrer “pela expressão de nomes ou torcidas, mas pelo pensamento estratégico que nos guie a uma mudança de patamar”. Segundo a idealizadora do movimento, Nicole Barbosa, do Centro da Indústria do Ceará (CIC) e sem filiação partidária, o PSB é a legenda que desenvolverá o país. “É uma novidade”, afirmou.

As declarações do gestor vêm um dia após pesquisa feita pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) em parceria com o Ibope apontar que o governador Pernambuco é o mais bem avaliado do Brasil, com 58% dos entrevistados considerando a sua gestão como boa ou ótima.

Conforme o levantamento, Campos aparece com 17 pontos percentuais na frente do segundo colocado, o governador do Paraná, Beto Richa (PSDB). “A pesquisa me enche de compromisso de seguir trabalhando duro, como se fosse o primeiro dia de mandato, fazendo as entregas”, disse o pessebista.

Seguindo a mesma posição que vem adotando desde o final do ano passado, o chefe do Executivo pernambucano desconversou sobre a aproximação entre PSB e PSDB com vistas ao pleito de 2014 em São Paulo, onde as especulações apontam que os socialistas podem ser vice dos tucanos. “Sobre eleições vamos conversar em 2014”, afirmou. Campos também negou que o PSB estaria tentando isolar o PT em alguns estados. “Não existe nada disso”, acrescentou. 

O evento serviu para mostrar, mais uma vez, a aglutinação de forças do empresariado e de lideranças políticas em torno da sua potencial candidatura. Um exemplo é o secretário de Desenvolvimento Econômico do Ceará e presidente do PPS naquele estado, Alexandre Pereira. “O senhor vai longe, com o apoio de todos nós e do Nordeste”, declarou o dirigente a Campos.

Durante o workshop, que teve o objetivo do evento de discutir a elaboração de uma política nacional que implique no desenvolvimento da Região Nordeste, o pós-comunista afirmou, ainda, que estaria dando um abraço no gestor pernambucano representando o governador do Ceará, Cid Gomes, uma das principais vozes do PSB contrárias à postulação de Campos. “Trouxe o abraço de Cid pela colocação do governador pernambucano como melhor governador do Brasil, mas as decisões políticas cabem ao governador e ao PSB do Ceará”, disse. 

O presidente nacional do PSB e governador de Pernambuco, Eduardo Campos, cotado para se candidatar à Presidência da República em 2014, afirmou que o debate eleitoral em 2010 “foi um dos mais pobres que já tivemos”. 

O pessebista também disse esperar que, em 2014, o confronto de ideias não ocorra “pela expressão de nomes ou torcidas, mas pelo pensamento estratégico que nos guie a uma mudança de patamar”

Sobre o slogan do evento “O Brasil pode muito mais”, parecido com o “É possível fazer mais”, utilizado pelo governador e PSB em suas últimas inserções partidárias, Campos comentou: “Veja que não é um desejo só nosso, é desejo de muita gente”, disse. 

O movimento idealizado pelo empresariado cearenses deverá percorrer todos os estados nordestinos e, em seguida, elaborar um documento com as alternativas para o crescimento econômico da região em consonância com o pedido de mais eficiência na execução de políticas públicas. O material será encaminhado ao Congresso Nacional e aos pré-candidatos à Presidência da República.

Diante desta proposta, Campos reforçou a sua defesa quanto à revisão do Pacto Federativo, segundo a Agência Estado, e cobrou mais eficiência por parte da prestação de serviços. “O que as ruas nos pedem é isso: cidadania e serviços públicos que funcionem”, complementou.247