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domingo, 30 de junho de 2013

OS TRÊS DESAFIOS DA PRESIDENTE DILMA

Por .   Postado  domingo, junho 30, 2013   Sem Comentários



O governo Dilma Rousseff tem três desafios.
O primeiro, superar o momento atual do esculacho, o desabafo nacional que sacudiu todo o país.



Os movimentos atingiram o epicentro e começam a refluir.

O segundo, o de recuperar o protagonismo político e abafar o movimento “volta Lula”, ensaiado por setores do PT. Bancada por duas grandes empreiteiras, recente pesquisa de opinião analisou perdedores e ganhadores do movimento das ruas. Dilma e Geraldo Alckmin caem, Dilma um pouco mais, Alckmin um pouco menos. O PT despenca e, junto com ele, o PSDB e Aécio Neves. Marina sobe um tanto e Lula sobe mais.

O fim antecipado do governo Dilma lançaria a economia em mares revoltos, justamente no momento em que haverá turbulências de monta com a decisão do FED (o banco central dos EUA) em voltar a subir os juros. O país poderia chegar às eleições caindo aos pedaços.
Sobre o quadro econômico, há a certeza, em setores influentes do empresariado e da própria oposição, da importância de não se permitir o desmanche do governo Dilma.

Na última semana, Dilma recuperou o protagonismo político com a proposta de plebiscito para a reforma política e a abertura do Palácio para interlocutores dos movimentos sociais, das centrais sindicais e outros órfãos do governo. Ela terá que mostrar que efetivamente mudou o estilo. As provas passam pela redução da centralização excessiva da sua gestão, pela criação de canais institucionais de participação.

 O anúncio de uma rede social para que minorias possam se expressar mostra que entendeu os novos tempos, mas não basta.Para descentralizar, terá que montar um Ministério competente. Houve erro nas escolhas de Ministros ou na sua alocação. Aloizio Mercadante seria um ótimo articulador na Casa Civil. No Ministério da Educação, interrompeu os avanços da gestão anterior.

O terceiro no meio empresarial, o grande desafio de Dilma será a próxima rodada de concessões. Se bem sucedida, recupera parte das esperanças perdidas; se mal sucedida, queima a última oportunidade de turbinar a economia.
O terceiro passo será completar o mais rápido possível os dois passos anteriores, para entrar inteira no grande desafio de enfrentar as turbulências externas e os problemas na conta corrente do país.
Luís Nassif

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