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domingo, 26 de maio de 2013

TRÊS LABORATÓRIOS VÃO ANALISAR RESTOS MORTAIS DO EX-PRESIDENTE JOÃO GOULART

Por .   Postado  domingo, maio 26, 2013   Sem Comentários

                     
O ex-presidente João Goulart: tomografia será feita na PUC-RS
Foto: Terceiro / Divulgação/O dia que durou 21 anos
O caixão que contém os restos mortais do ex-presidente João Goulart, morto em 1976, na Argentina, supostamente vítima de um ataque cardíaco, será aberto somente depois que passar por uma tomografia na PUC-RS, em Porto Alegre. 

O Ministério Público Federal vai propor que as amostras recolhidas no processo de exumação sejam analisadas por pelo menos três laboratórios diferentes, como forma de garantir a “qualidade do procedimento” e a “transparência” dos resultados. A perícia oficial ficará a cargo da Polícia Federal.

O plano preliminar de ação prevê que, depois de retirado do mausoléu da família, em São Borja, o caixão com o corpo de Jango seja transportado de avião até a sede da PUC-RS, onde será feita a primeira etapa do processo de genética forense. 

Além da ressonância magnética para registrar o estado geral dos restos mortais antes da abertura do caixão, será feito um exame de DNA para confirmar que se trata mesmo do ex-presidente.

Na segunda etapa, os peritos que participarão da exumação irão coletar material e selecionar amostras para remeter à análise toxicológica em três laboratórios diferentes: além do Instituto Nacional de Criminalística, órgão da PF, o Ministério Público vai recomendar que a análise seja feita também pelo Laboratório de Toxicologia da Universidade Feevale, de Novo Hamburgo, e pelo Departamento de Medicina Forense da Monash University, em Melbourne (Austrália).

Como os técnicos não sabem o que vão encontrar quando abrirem o caixão do ex-presidente, sepultado há 37 anos, a expectativa é de que a análise toxicológica seja o maior desafio do procedimento, que visa apurar a hipótese de envenenamento de Jango no exílio. 

Segundo o perito Sami El Jundi, que assessora informalmente o MPF no caso, os ossos podem conter ainda resquícios de substâncias químicas que poderiam ter sido usadas para matar o ex-presidente.

— Quanto mais material puder ser resgatado, mais probabilidade de termos um laudo definitivo. Mas é uma busca no escuro, de algo que não sabemos bem o que é — disse o legista.

É possível que, além de ossos, os restos mortais de Jango contenham também resquícios de cabelos e partes das roupas usadas no sepultamento, que também podem conter vestígios de material químico.

Como o processo de coleta é “necessariamente destrutivo”, segundo Jundi, a ressonância é importante para se manter uma “fotografia” das condições gerais em que o corpo se encontrava antes da exumação. De acordo com o perito, a primeira fase deve demorar entre dois e quatro dias.

A análise toxicológica, entretanto, pode demorar meses para ser concluída. Jundi estima que será necessário enviar entre 15 a 20 amostras de ossos, tecidos, cabelos e outros materiais para cada laboratório encarregado da perícia. O técnico disse que “ficará muito feliz” se o protocolo final estiver pronto num prazo de seis meses após a exumação.

O neto do ex-presidente, Chistopher Goulart, disse que a família estabeleceu como condição para a exumação a participação de pelo menos três laboratórios na análise toxicológica.O GLOBO



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