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quarta-feira, 8 de maio de 2013

ELEIÇÕES 2014;CID DEU NÓ EM PT E EUNÍCIO NUMA SÓ JOGADA

Por .   Postado  quarta-feira, maio 08, 2013   Sem Comentários

Os paparicos à presidente Dilma Rousseff (PT) feitos pelo governador Cid Gomes (PSB) e, sobretudo, Ciro Gomes não são expressão de amor antigo. Vale lembrar que, em novembro passado, ainda no calor da eleição em Fortaleza, o irmão do governador disse que a equipe da presidente que agora quer reeleger é “muito fraquinha”. 

Acrescentou que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, é “lobista do governo”, que “negociava votos para o governo oferecendo emendas parlamentares”. Sobre a ministra das Relações Institucionais, Ideli Salvatti, afirmou que “não seria minha secretária particular para assuntos subalternos” e que só está no cargo por “petismo besta”. 

Sobre a ministra da Casa Civil, declarou que “não conhece as pessoas, não conhece a legislação, o Ministério Público, e quando aprender o governo já terá terminado”. Pois bem, é esse o eixo central da administração à qual os irmãos querem dar continuidade. Nos últimos meses, porém, depararam-se com a nada discreta movimentação do presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, para ser candidato a presidente. 

Como de bestas não têm nada, logo perceberam que a possível empreitada presidencial colocaria a pique toda a articulação cuidadosa e trabalhosamente mantida no Estado. Trataram, então, de se contrapor com vigor às intenções do governador de Pernambuco. Campos, que flanava em céu de brigadeiro, deparou-se subitamente com o inconveniente obstáculo interno. 

Conforme a coluna destacou ontem, os irmãos Ferreira Gomes cumprem hoje papel político mais relevante para Dilma que o de qualquer petista. É difícil saber os desdobramentos de tal postura para a candidatura do pernambucano. Afinal, se o neto de Miguel Arraes estiver disposto a se candidatar, não há no PSB quem tenha força para impedi-lo. Por outro lado, a dúvida é se estará disposto a bancar a empreitada mesmo com dissidências importantes nas próprias fileiras. 

De qualquer maneira, Cid não esconde de ninguém que sua prioridade absoluta é a manutenção de seu projeto de poder no Ceará. Tendo em vista essa meta, o contraponto que faz a Campos se mostrou jogada capaz de dar um nó nos dois principais aliados.

Machucado desde a eleição passada, o PT local – sobretudo em Fortaleza e especificamente o grupo da ex-prefeita Luizianne Lins – vê-se constrangido a não investir contra o novo queridinho da presidente da República. 

Com tanta disposição que Cid tem demonstrado para apoiar Dilma, o partido dela não fará a desfeita de tomar qualquer posição senão apoiar quem ele indicar. A não ser que – caminho que fica mais improvável a cada 15 minutos – o governador cearense acabe em outro palanque que não o de Dilma.

Na medida em que praticamente assegura o PT sob suas asas, Cid neutraliza outra força política que se movimenta à sua revelia: o senador Eunício Oliveira. O peemedebista é outro que não dá ponto sem nó. Sabe que qualquer pretensão de ser governador sem o apoio da máquina estadual estaria automaticamente condicionado às bênçãos petistas. 

E isso só ocorreria no caso de o PSB lançar Campos a presidente e Cid seguir a orientação partidária. Quando Cid amarra o PT, acaba por prender também Eunício.O POVO

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