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segunda-feira, 22 de abril de 2013

MÁQUINA DE INFORMAÇÕES DO GOVERNO FEDERAL CUSTA R$ 900 MILHÕES

Por .   Postado  segunda-feira, abril 22, 2013   Sem Comentários


Os gastos crescentes com a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) e o uso cada vez mais comum de serviços terceirizados de assessoria de imprensa nos órgãos públicos criaram nos últimos anos uma máquina estatal de informações que emprega mais de 3.600 profissionais e cujos gastos anuais giram em torno de R$ 900 milhões.

A estrutura de comunicação federal se divide em três eixos. O primeiro se propõe a ser uma espécie de “BBC brasileira”, com um serviço público de informações envolvendo a TV Brasil, a TV Brasil Internacional, oito emissoras de rádio e a Agência Brasil, que produz notícias com acesso livre.O segundo envolve a NBR, que integra a estrutura da EBC. O canal institucional transmite ao vivo todas as cerimônias da Presidência e tem programas de rádio reproduzidos em todo o País. Esses dois eixos sob o chapéu da EBC contam com orçamento de R$ 533 milhões este ano, 21% superior ao de 2012. A estrutura dispõe de 1.926 profissionais.
O terceiro eixo é o de assessorias de imprensa. Os gastos anuais do Governo Federal com esse serviço - incluindo Presidência e ministérios - são de R$ 97 milhões. Cerca de 500 profissionais cuidam da imagem da administração, repassando informações oficiais a jornais, TVs, rádios e canais de Internet privados.

Boa parte dos serviço é terceirizada. Duas empresas privadas dominam o mercado da informação pública na Esplanada dos Ministérios: a FSB Comunicações e a Companhia de Notícias (CDN)

A FSB tem, por exemplo, 84 profissionais à disposição do Ministério da Saúde e do Ministério do Turismo. Na pasta da Saúde, são atendidos 800 pedidos da imprensa por mês e produzidos 200 textos de divulgação. A empresa produz ainda 100 peças jornalísticas - com viés pró-governo - ao mês. Elas ficam à disposição de 2 mil rádios espalhadas pelo País. Há ainda a atuação nas redes sociais, que recebem cerca de 4 mil intervenções mensais da assessoria.

O projeto mais ousado do governo refere-se ao primeiro eixo da estrutura de comunicação estatal: a criação de uma rede pública de informações. Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República à época, Franklin Martins dizia que a rede serviria para se contrapor à “grande mídia”.

Nessa meia década, o sinal da TV Brasil, que emprega 479 funcionários, chega a 61% da população, com 7 emissoras próprias e 45 afiliadas. A audiência, porém, é baixa. Em 2012, a preferência pelo canal na Grande São Paulo variou de 0,06 a 0,11 ponto no Ibope.
A Globo, por exemplo, maior rede de TV brasileira, tem uma estrutura de 9.600 funcionários, 5 emissoras e 117 afiliadas, com abrangência de 98% do País. Sua audiência média na Grande São Paulo em 2012 foi de 12 pontos. As redes privadas não divulgam seus orçamentos anuais por considerar os dados estratégicos. (da agência Estado)

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