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quarta-feira, 10 de abril de 2013

FELICIANO VOLTA A SUSPENDER SESSÃO E PROIBIR PRESENÇA DE MANIFESTANTES

Por .   Postado  quarta-feira, abril 10, 2013   Sem Comentários


Manifestantes que defendem os direitos homossexuais e defensores de Marco Feliciano levantam seus cartazes no plenário da Comissão, que mais uma vez teve a sessão suspensa
Foto: Jorge Willian / O Globo

O presidente da Comissão de Direitos Humanos, deputado Marco Feliciano (PSC-SP), suspendeu na tarde desta quarta-feira a sessão do colegiado e impediu a presença de manifestante por causa de tumulto. 

O pastor decidiu mudar reunião para outro plenário da Câmara. Poucos requerimentos foram aprovados e nenhum projeto de lei que estava na pauta chegou a ser discutido.

— Aprovamos requerimentos importantes. A Comissão de Direitos Humanos está indo de vento em polpa — disse.

No entanto, ele fez um apelo ao final da sessão para que os deputados apresentasse novos projetos.

— A comissão é vazia de projetos. Temos meia dúzia de projetos, alguns extremamente polêmicos, que neste momento só criaria uma celeuma. E a Comissão de Direitos de Humanos precisa de projetos que integrem à sociedade — cobrou.

A sessão começou sob forte protesto de manifestantes que defendiam os direitos homossexuais e, principalmente, por um grupo de defensores de Feliciano ao cargo. 

O grupo que apoia Feliciano teve direito a cadeiras no plenário e não passou por triagem, ao contrário dos ativistas dos direitos homossexuais que estavam em menor número.


No início ficaram na sala às portas fechadas 30 pessoas defendendo Feliciano, quase todos da 

Assembleia de Deus do Gama (DF), contra 12 ativista que pediam a renúncia do pastor. O deputado abriu a sessão e diante do tumulto decidiu suspender por 15 minutos. Depois, transferiu a sessão do plenário 9 para o plenário 1, e impediu a presença dos manifestantes.

Feliciano disse que o tumulto já era esperado. Justificou o uso do regimento interno da Casa para transferir o local da reunião do colegiado. Mais uma vez a sessão foi realizada apenas com os deputados, assessores e jornalistas. 

Inicialmente, a sessão seria aberta ao público.

Mais cedo, Feliciano afirmou que iria evitar assuntos ligados à política durante os cultos, como ele prometeu ao presidente da Casa, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

- Para o bem e para o bom andamento da casa, eu disse (aos líderes) que nos cultos não tocarei em assuntos de política. Culto é para falar de Jesus Cristo – disse.

Após reunião da bancada do PSC nesta quarta-feira, o homem-forte do partido pastor Everaldo Pereira afirmou que a reunião foi regular, com discussão sobre a reforma política. 

Segundo Pereira, o partido vai integrar a comissão do assunto, com a participação do líder André Moura (SE). Nessas discussões, o partido irá defender o voto facultativo.O GLOBO

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