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terça-feira, 23 de abril de 2013

ACIDENTES DE MOTOS. A INÉRCIA DO PODER PÚBLICO

Por .   Postado  terça-feira, abril 23, 2013   Sem Comentários

As estatísticas do Departamento Estadual de Trânsito (Detran-CE), indicam uma média de mais de duas mortes a cada dia, em acidentes de motos. Nos últimos dez anos esse tipo de acidente cresceu 243%. É uma verdadeira epidemia. Só no ano passado, 887 motociclistas morreram no trânsito cearense. 

A motocicleta, como se sabe, é o veículo que menos oferece proteção ao seu condutor. O corpo fica totalmente exposto, pouco se podendo fazer para protegê-lo quando ocorre um impacto. Uma das únicas providências protetoras é o capacete, que diminui o impacto sobre a cabeça.

Os meios realmente mais eficientes para conter essa anomalia ainda são a educação do motociclista para o trânsito e as medidas de prevenção. No primeiro caso, evidencia-se a parca instrução dos motociclistas brasileiros em relação às leis de trânsito e a pouca informação sobre as especificidades das orientações para esse segmento exclusivo.

A falta da incorporação sistemática dessas noções tem resultados trágicos. Não apenas na zona urbana, mas também na rural. Já que é um veículo usado, cada vez, como instrumento de trabalho – basta ver os motoboys e os mototaxistas (que se tornaram categorias profissionais prestadores de serviços de importante relevo social) – as consequências da imperícia são de grande impacto e terminam constituindo-se nos principais responsáveis pelos números mais impactantes das estatísticas de acidentes.

As melhorias ocorridas na economia, nos últimos anos, ampliaram o poder aquisitivo de faixas que vêm ascendendo socialmente. A motocicleta tornou-se o veículo mais acessível, não só para a prestação dos serviços acima referidos, mas por possibilitar a mobilidade em urbes desprovidas de transporte coletivo de qualidade e cujas vias estão atulhadas de veículos de quatro rodas, cujas frotas sofreram uma expansão vertiginosa e bem acima da capacidade de fluxo de seu trânsito, na última década. Apelar para o uso da moto tornou-se quase um imperativo para as massas urbanas. Nas áreas rurais, até os vaqueiros dispensam os cavalos e usam as motos em seu lugar.

O fato é que faltou ao poder público a correspondente atenção para enfrentar esse desafio no mesmo nível em que foi colocado. Já é hora de se recuperar dessa inércia.O POVO

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