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quinta-feira, 7 de março de 2013

PASTOR ACUSADO DE RACISMO E HOMOFOBIA ASSUME COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS

Por .   Postado  quinta-feira, março 07, 2013   Sem Comentários

                                 
Pastor Marco Feliciano é eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara
Foto: Câmara dos Deputados / Divulgação


Com 11 votos e uma abstenção, a Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados elegeu o polêmico pastor Marco Feliciano (PSC-SP) para o cargo de presidente. 

Antes da eleição, Domingos Dutra (PT-MA) renunciou ao cargo de presidente, por se recusar a comandar a eleição sem a participação dos movimentos organizados que estão impedidos de entrar na sala da comissão. 

A reunião ocorreu fechada por determinação do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves.

Com Domingos, saíram diversos deputados contrários à eleição do pastor, como Érika Kokay (PT), Jean Willis (PSOL) e Luiza Erundina (PSB). Eles já cogitam formar uma comissão paralela de 

Direitos Humanos, em protesto contra a eleição do pastor acusado de ser racista e homofóbico por grupos de minorias. Mesmo com apenas 12 integrantes presentes, Marcos Feliciano conseguiu os votos necessários para se eleger.

Em seu discurso de posse, Marco Feliciano rebateu as críticas recebidas ao longo da última semana e negou ser racista e homofóbico.

— Ao longo deste ano de trabalho na comissão todos poderão constatar que não sou nada disto. Se eu tivesse algum comportamento racista, a primeira pessoa a quem eu deveria pedir desculpas é para minha mãe, que não tem pele negra, mas tem o cabelo negro, os lábios negros e o coração negro, como eu — afirmou.

Antes de encerrar a sessão em que foi eleito, que tinha a presença apenas dos deputados que o 
elegeram e outros que apoiaram sua eleição, Marco Feliciano fez um apelo por uma chance para mostrar seu trabalho:

- Não se deve julgar uma pessoa que tem 40 anos por 140 caracteres escritos. Me deem aqui uma chance.

Feliciano falou em 140 caracteres numa referência às declarações que escreveu em seu twitter sobre os africanos serem um povo amaldiçoado e que geraram as acusações de que ele é racista.

O clima foi tenso desde o início da sessão. Ontem, a eleição foi adiada, e hoje ela aconteceu a postas fechadas. Cerca de 30 pessoas foram proibidas de participar da sessão e fizeram protesto do lado de fora.

— Não vou presidir uma sessão que não é aberta, porque essa comissão é dos ciganos, lésbicas, prostitutas, evangélicos e católicos. Espero que a próxima mesa diretora da comissão compreenda isso — disse Domingos ao renunciar.

No início da sessão, Domingos criticou duramente a decisão do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, de fechar a reunião aos manifestantes.

— Os evangélicos foram lá fazer fuxico, e o presidente da Casa só ouviu o lado deles. A decisão de fechar a sessão foi precipitada, autoritária e parcial. Este é um triste retrocesso, estamos revivendo os idos de 1964 — acusou Dutra.

O líder do PSC, André Moura (SE), atribuiu a decisão exclusivamente ao presidente Henrique Eduardo Alves e criticou Domingos.

— O fechamento da reunião não foi solicitado pelo partido (PSC). Isso aconteceu porque Domingos Dutra não teve pulso firme para garantir a tranquilidade da votação de ontem.

O pastor Marcos Feliciano já declarou que o amor entre pessoas do mesmo sexo leva ao ódio, ao crime e à rejeição. Em 2011, criou polêmica ao escrever que "os africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé" e que essa maldição é que explica o "paganismo, o ocultismo, misérias e doenças como ebola" na África.o globo

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