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segunda-feira, 25 de março de 2013

ELEIÇÕES 2014; O PERIGO MORA AO LADO

Por .   Postado  segunda-feira, março 25, 2013   Sem Comentários


                    
Ao lado do governador Eduardo Campos, Dilma inaugura primeiro trecho do sistema adutor Pajeú, em Serra Talhada (PE)
Foto: Roberto Stuckert Filho/ Divulgação

A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta segunda-feira a necessidade de se montar coalizões políticas para governar um país da complexidade do Brasil e, em cerimônia que teve a participação do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), disse que os aliados têm de estar comprometidos com um projeto de nação.

Campos, que participou com Dilma da inauguração de uma adutora para combater os efeitos da seca na cidade pernambucana de Serra Talhada, é um aliado histórico do PT, mas tem se movimentado na direção de uma eventual candidatura à Presidência em 2014, quando Dilma buscará a reeleição.

- Nenhuma força política sozinha é capaz de dirigir um país com essa complexidade, precisamos de parceiros, precisamos que esses parceiros sejam comprometidos com esse caminho - disse Dilma durante a cerimônia.


Em discurso, Dilma exalta Lula

Em seu discurso, a presidente elogiou a parceria do governo federal com a administração de 

Campos no estado e citou vários investimentos federais em Pernambuco, como a duplicação de 
estradas e a refinaria da Petrobras em Abreu e Lima, que a presidente garantiu que será concluída.

- Pernambuco eu acho que é um novo Pernambuco nos últimos dez anos e, sem dúvida, o governador tem um grande papel nisso e o governo federal, tanto com Lula como na minha gestão, também tem - disse.

Dilma também exaltou em diversos momentos de sua fala seu antecessor, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, lembrando que ele é nordestino e pernambucano.
‘Não sou de prometer e não cumprir’

Em sua primeira visita a Pernambuco depois que o nome de Campos passou a aparecer como seu adversário na sucessão presidencial, Dilma fez questão de detalhar todos os investimentos que o governo federal vem destinando ao estado. Já Campos, em discurso ao lado da presidente, mencionou a importância da estabilização da economia no período em que o país foi governado pelo PSDB. 

O governador, por outro lado, também agradeceu as parcerias com as gestões petistas.
Entre os investimentos em Pernambuco, a presidente anunciou o início de novas obras hídricas, uma nova ferrovia e deu um aviso às mais de 3 mil pessoas que se comprimiam para vê-la:

- Não sou de prometer e não cumprir - disse, referindo-se a iniciativas com as quais afirmou que recuperará as perdas dos últimos dez anos que os sertanejos enfrentaram com a seca.

Dilma inaugurou em Serra Talhada, junto com o governador, o primeiro trecho da Adutora do Pajeú, que deixará 90 mil pessoas livres da dependência de carros-pipa. No discurso, ela disse que o Brasil tem hoje "outra cara" e não aquela feia de antes, da "miséria e da exclusão".

O governador Eduardo Campos, ao falar sobre os problemas causados pela seca, afirmou à presidente que a estabilização da economia foi importante para que o governo do ex-presidente Lula pudesse distribuir renda.

- Construímos fundamentos macroeconômicos importantes e, depois, com Lula, vimos essas condições fazer o governo chegar aonde não chegava antes - disse o pernambucano, que tem se aproximado de líderes tucanos.

Na semana passada, Campos esteve com o ex-governador José Serra (PSDB), para uma conversa de "alinhamento de estratégias e prognósticos". Em uma alusão à tensão da disputa eleitoral com o PT, Campos defendeu um "debate político sereno, bem posto, respeitoso, que vá ao encontro da pauta do povo".

‘Guerra de faixas’

O clima de disputa entre Dilma e o governador Eduardo Campos foi visível durante a visita da presidente a Serra Talhada. Nos muros, postes, em prédios e até na BR-232, a "guerra" foi visível em faixas padronizadas, confeccionadas por seguidores dos dois lados. O PSB mandou confeccionar 20 faixas. O prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque (PT), não ficou atrás.

"Presidente Dilma, Serra Talhada sente-se honrada com sua visita. Aqui temos gratidão e lealdade ao seu governo", dizia uma faixa. Em outra, assinada pela Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o socialista foi saudado: "Obrigado, governador Eduardo Campos, pela criação do Fundo de Desenvolvimento municipal".

O fundo foi anunciado em fevereiro, logo após um encontro de Dilma com prefeitos de todo o país, inclusive do nordeste, que disseram ter saído frustrados da reunião com a presidente. A Amupe é presidida pelo prefeito José patriota, que é do PSB.

Às margens da BR-232, adolescentes seguravam faixas em defesa do governador. Eles teriam recebido R$ 20 pelo serviço. Na BR-232, uma equipe do “Jornal do Commercio”, que vinha para Serra Talhada, flagrou um carro de repartição oficial de Pernambuco distribuindo faixas pró-Campos.

Campos e Dilma participaram da cerimônia de inauguração de um trecho de 118 km da Adutora do Pajeú, projeto hídrico incluído no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), orçado em R$ 547 milhões. A previsão do governo é de entregar todo o projeto, que totaliza 598 km de tubulações, no final deste ano.

Dilma participará de missa no Rio

A demora no repasse de dinheiro para os municípios é outra reclamação frequente, e o governo poderá mandar os recursos diretamente paras as prefeituras. Desde abril do ano passado, o governo federal já liberou R$ 5,1 bilhões para ações emergenciais contra a seca.

De Serra Talhada, a presidente seguirá diretamente para o Rio, onde participará à tarde da missa em memória das vítimas das enchentes na Serra Fluminense, com governador Sérgio Cabral. Eles vão sobrevoar a região e depois terão uma reunião de trabalho.O GLOBO


 

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