— É uma frase que me encanta, é a causa da minha luta — disse a blogueira.
Acompanhada do senador Eduardo Suplicy (PT-SP), a quem intitulou seu "Quixote pessoal" por defendê-la contra os protestos que tem enfrentado nos últimos dias no Brasil, Yoani elogiou o programa Bolsa-Família e disse que o projeto poderia ser implementado em Cuba, assim como outros programas brasileiros.
A cubana também pediu que o governo brasileiro tenha uma atitude mais ativa em relação à cobrança de direitos humanos na ilha caribenha
.
— Falta (da parte do governo brasileiro) dureza ou talvez franqueza em relação ao tema dos direitos humanos — disse a blogueira — Há um silêncio demasiado.
Yoani contou que se surpreendeu com a repercussão de sua visita ao Brasil e com o clima dos protestos contra ela. Ela disse que esperava manifestações que ficassem entre "a discrepância e o respeito" e que se assustou com a "virulência" das manifestações.
— Impedir a reprodução de um filme me surpreendeu tristemente — declarou.
A blogueira é uma das principais entrevistadas do documentário Conexão Cuba Honduras, do cineasta Dado Galvão.
Na quarta-feira, Yoani esteve no Congresso Nacional e disse que esta foi sua primeira vez em um parlamento. A cubana disse também ter se surpreendido com a "informalidade e com a desorganização" da sessão da qual participou, na quarta-feira (20).
"Mas foi uma experiência positiva", avaliou. No entanto, ela disse que gostaria de ter participado de um evento com uma plateia mais diversificada e não "dominada" pela oposição ao governo Dilma Rousseff.
— Eu preferiria que fosse mais plural — afirmou.
Agência Estado
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