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sábado, 16 de fevereiro de 2013

UM PAPA BRASILEIRO?

Por .   Postado  sábado, fevereiro 16, 2013   Sem Comentários

A reunião dos cardeais que escolhem o líder da Igreja Católica – o conclave papal – ocorre em formato parecido com o atual há mais de 700 anos, desde 1276. Vários desses encontros tiveram contornos dramáticos, ao lidar com a iminência de invasões, guerras e revoluções.


O próximo conclave, que provavelmente se reunirá na 

segunda quinzena de março, tem tudo para ser dos mais 

espetaculares da história. Ele foi lançado por um fato 

inédito em 700 anos: a renúncia espontânea de Bento XVI

Seu desfecho é imprevisível. O gesto do papa, qualquer que fosse sua intenção, embaralhou as cartas de sua sucessão e abriu possibilidades até então consideradas remotas. Uma delas é a eleição de um papa não europeu. Seria o primeiro desde os patriarcas do cristianismo. Ele daria feição humana à ideia de uma igreja universal.

 Se essa hipótese for admitida pelos cardeais, ganharia força a possibilidade de escolha de um papa da América Latina – região que concentra 43% dos católicos do planeta – e, por extensão, do Brasil, onde há 150 milhões de católicos. Em números absolutos, o Brasil é a maior nação católica do mundo. Até que ponto a possibilidade de um papa brasileiro pode se tornar realidade? 

Há um fato: o conclave espelhará mais de perto a internacionalização da Igreja e a nova balança de poder em seu interior. No conclave de 1963, que elegeu Paulo VI, 69% dos cardeais votantes eram europeus.

Em outubro de 1978, no conclave que elegeu João Paulo II, essa fatia recuara para 50% – e se mantém assim desde então. Mas os cardeais de outros continentes ganharam poder, ao mesmo tempo que a balança demográfica deslocou o poder católico para fora da Europa. É na América, na Ásia e na África que se concentram o maior número de fiéis e o crescimento mais promissor da fé católica.

“É possível termos um papa mais atento aos países emergentes, como o Brasil, do que à Europa”, afirmou a ÉPOCA o vaticanista John L. Allen Jr., biógrafo e um dos principais conhecedores do papado de Bento XVI ).


“A Igreja precisa de um papa que tenha consciência da fé global”, disse a ÉPOCA o teólogo italiano Massimo Faggioli, da Universidade de St. Thomas, nos Estados Unidos. “Precisamos de um papa que seja católico, não necessariamente europeu.” Na Europa, o cenário é de declínio acentuado de religiosidade. Hoje, o número de católicos europeus corresponde a 36,7% da população do continente. Vinte anos antes, somavam 60%.EPOCA

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