LI E GOSTEI; AGIOTAGEM NO BOLSA FAMÍLIA

                             

Existem duas figuras que sempre se fazem presentes no mundo dos negócios do capitalismo. São eles os lobistas e os especuladores. Os primeiros se alojam nas antessalas dos gabinetes dos congressistas para defenderem os interesses das suas empresas. Os especuladores que já não agem com má fé, mas vivem dentro das bolsas de mercadoria ganhando dinheiro no jogo do sobe e desce das commodities. 

Afora estas duas figuras existe uma terceira que vive a explorar aqueles que vivem dos pequenos negócios, serviços e pequenas rendas. Refiro-me aos agiotas. 

Com a implantação dos programas sociais pelos governos federal e estadual que colocou debaixo do guarda-chuva de proteção social milhões de famílias brasileiras, muitas delas caíram na mão da agiotagem, entregando-lhe os seus cartões como penhora de dinheiro emprestado a juros exorbitantes que chegam 30% mensais.

Enquanto a presidente Dilma Rousseff preocupada em extirpar esta nódoa que macula a nossa imagem lá fora de ainda termos 16 milhões de brasileiros na extrema pobreza, lança um programa como o Brasil Carinhoso para resolver este problema secular, surge estas figuras fazendo esta transfusão de recursos dos anêmicos para aqueles que são fortes e corados.

Quem anda pelas cidades do nosso Interior se depara com inúmeros escritórios de bancos, cujos servidores se prestam a fazer verdadeiras caçadas aos nossos aposentados rurais oferecendo-lhes empréstimos consignados e não é raro encontrarmos muitos deles com seus salários quase todos comprometidos com o reembolso destes financiamentos que na grande maioria investiram em bens supérfluos.

Alguém terá que colocar uma pinça hemostática para evitar esta sangria que compromete este programa de combate à miséria e à pobreza absoluta de nosso País.

José Maria Pimenta Lima