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segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

PODERIA SER EM QUALQUER CIDADE.

Por .   Postado  segunda-feira, janeiro 28, 2013   Sem Comentários




A tragédia que matou pelo menos 231 pessoas em Santa Maria poderia ter acontecido em Porto Alegre ou qualquer outra cidade. Ouviu-se essa frase muitas vezes no final de 2004 e início de 2005, quando 194  jovens morreram e mais de mil ficaram feridos no incêndio da boate Cromañón, em Buenos Aires. 
Pelo Brasil afora, prefeituras e bombeiros fizeram vistorias de emergência para evitar que aquele desastre se repetisse. Como é comum nestes casos, em porta arrombada, tranca de ferro.
 Mas a memória é curta, a ganância é grande e a irresponsabilidade maior ainda. Passado o impacto, poucos jovens se preocuparam em perguntar quais eram as condições das boates que frequentam.
Meu filho de 21 anos nunca se preocupou em saber. Não tenho notícias de algum amigo que deixe de frequentar uma festa porque as saídas de emergência são poucas e de difícil acesso. A maioria só se preocupa em identificar a porta de saída na hora de ir embora.
Nessa idade eles se consideram imortais. E, se os bombeiros ou as secretarias responsáveis pelo licenciamento fecham uma arapuca, são capazes de fazer protesto. E nós, pais? Se temos fé, rezamos. Em geral, nos omitimos, porque também achamos que com os nossos filhos não vai acontecer nada.
Qual foi a última vez que cobramos fiscalização rigorosa das autoridades? 
Quando o então secretário municipal da Indústria e Comércio de Porto Alegre, Valter Nagelstein, endureceu a fiscalização das casas noturnas de Porto Alegre, foi execrado pelos frequentadores, pelos proprietários e por quem não é uma coisa nem outra.
Diante da tragédia de Santa Maria, o que vão fazer a Smic de Porto Alegre e as secretarias responsáveis em cada cidade gaúcha? Aliás, com milhares de pessoas em férias na praia, é importante que os frequentadores se perguntem como andam as condições de segurança nas casas noturnas do Litoral. 
Este também é o momento para que se verifiquem quantas casas que tiveram o alvará negado pelas autoridades responsáveis com liminar da Justiça.
Há alguns anos, no bairro Moinhos de Vento, em Porto Alegre começou a funcionar uma casa noturna em um prédio que tinha autorização para funcionar como academia de ginástica.
Os vizinhos reclamaram do barulho e da desordem em frente á dita casa noturna e, para surpresa geral, descobriu-se que ela funcionava graças a uma liminar da Justiça. Tempos depois, a boate foi fechada e hoje funciona como casa de festas _ devidamente legalizada, espero.

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