Em 1º de janeiro, ocorreram as posses dos novos prefeitos pelo Brasil afora. Foram momentos de alegria para uns e de tristeza para outros. O mais curioso, porém, é que muitos dos novos gestores municipais foram surpreendidos com o que encontraram em seus municípios, ou seja, a marca cruel da corrupção.
Os municípios, embora sejam a base da organização política, são a parte fraca do sistema. As esferas estadual e federal definem as regras do jogo. O mau exemplo dos grandes, infelizmente, deixa a porta aberta para os pequenos que também não têm a formação e o caráter exigidos para o exercício da coisa pública.
Assim, somos informados, por exemplo, que nos últimos anos 55 mil bolsas de sangue foram perdidas pelo Ministério da Saúde; que 88 mil notas frias foram recebidas pelo Banco do Brasil; que 100 milhões foram desviados do Banco do Nordeste; que o mensalão e o grupo Cachoeira roubaram bilhões e que o ex-presidente e Rosemary não têm explicações para as denúncias que lhes são assacadas.
Apesar de todas essas bandalheiras apuradas e algumas já julgadas, grupos de políticos tentam desagravar os criminosos. É a tradição brasileira de poupar sempre os “colarinhos brancos” e os poderosos e prender os ladrões de galinha. Por felicidade, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu o clamor público e condenou muitos dos ladrões graúdos, embora alguns outros ainda estejam impunes e blindados pelos comparsas. PedroHenrique Antero/o povo
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