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terça-feira, 29 de janeiro de 2013

FALHAS NO ESQUEMA DE SEGURANÇA DE BOATES SÃO FREQUENTES EM TODO PAIS.

Por .   Postado  terça-feira, janeiro 29, 2013   Sem Comentários


Entrada da boate Kiss: único acesso era uma porta estreita que dificultou a saída dos jovens em pânico. A casa não tinha alvará de funcionamento nem sistema anti-incêndio (Jefferson Bernardes/AFP)Entrada da boate Kiss: único acesso era uma porta estreita que dificultou a saída dos jovens em pânico. A casa não tinha alvará de funcionamento nem sistema anti-incêndio


Após a tragédia que vitimou 231 pessoas no Sul, autoridades anunciam medidas para tentar evitar novos desastres

A única saída para a sobrevivência na boate Kiss era uma pequena porta de cor púrpura, com apenas dois metros de largura. Enquanto o incêndio se alastrava pela casa noturna, o acesso estreito se transformou em um funil. A falta de saídas de emergência é apontada como um dos fatores preponderantes para a tragédia em Santa Maria (RS) na madrugada de domingo.

Os problemas identificados no estabelecimento gaúcho, como extintores que não funcionavam e ausência de sinalização, se reproduzem até o extremo norte do país. O caso comove os brasileiros pelo sentimento de inconformismo diante da morte precoce de 231 pessoas.

Mas o incêndio fatal também assusta pela incômoda sensação de que o drama poderia bater à porta de boa parte das famílias do país. Nas grandes metrópoles ou em pequenas cidades, casas noturnas funcionam sem alvará e sem atenderem às exigências mais elementares de segurança.

A dor das famílias de Santa Maria pode se repetir em cidades como Brasília, São Paulo, Belo Horizonte, Recife ou Rio de Janeiro, onde bares e clubes aglomeram centenas de pessoas e faturam milhares de reais sem garantir aos frequentadores a certeza de voltar para casa depois da festa. Na área central da capital federal, por exemplo, 80% das boates funcionam sem alvará — e, portanto, sem nenhuma garantia de segurança.

Correio fez um levantamento da situação das casas noturnas das principais cidades brasileiras para mostrar as estruturas de segurança desses estabelecimentos e desvendar as falhas na atuação das equipes de fiscalização. Os dados revelam que a sequência de irregularidades e negligências que levou à morte de 231 jovens em Santa Maria pode se repetir em outras cidades.

A reação de prefeitos diante da tragédia comprova que a segurança das casas noturnas sempre ficou em segundo plano: somente depois do incêndio na boate Kiss é que os gestores de dezenas de municípios decidiram alardear providências para intensificar a fiscalização dos estabelecimentos e cobrar o cumprimento de regras básicas de prevenção de incêndios.

A presidente Dilma Rousseff, novamente emocionada, pediu ontem empenho dos prefeitos para que a tragédia “jamais se repita”. Mas a realidade dos municípios mostra que a salvaguarda dos frequentadores ainda depende de mudanças radicais nos procedimentos adotados por autoridades e empresários.CORREIO BRAZILIENSE


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