Afastada da Prefeitura de Natal, Micarla de Sousa (PV) desviou dinheiro público para pagar despesas pessoais, aponta o Ministério Público.
Os recursos, segundo a Promotoria, bancavam compras de supermercado, joias, fotógrafo e funcionários da casa da prefeita afastada.
As suspeitas vieram a público após a Justiça do Estado derrubar nesta semana o sigilo do processo que resultou no afastamento de Micarla, no último dia 31.
A Promotoria aponta a existência de uma "rede de corrupção" na prefeitura, alimentada com recursos de contratações direcionadas na saúde e na educação. Apenas na saúde, os contratos suspeitos somam R$ 65 milhões.
Com base em documentos e em dados telefônicos e fiscais, o Ministério Público afirma que servidores do primeiro escalão da prefeitura agiam como tesoureiros pessoais de Micarla e do marido, Miguel Weber.
Há registros de contatos entre gerentes de banco e esses servidores, em conversas sobre as finanças da prefeita afastada. Em uma delas, de junho de 2011, uma gerente informa que a conta de Micarla devia R$ 30,7 mil.
No mês seguinte, em troca de mensagens, o coordenador financeiro da Saúde municipal informa à prefeita que o saldo devedor é de R$ 27,5 mil.DN
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