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terça-feira, 13 de novembro de 2012

DIVERGÊNCIAS NO PT

Por .   Postado  terça-feira, novembro 13, 2012   Sem Comentários



O deputado federal Artur Bruno (PT) disse não ter, ainda, uma opinião formada sobre a possibilidade de o PT romper ou não com o PSB em âmbito estadual.




Ele afirma que o rompimento não é uma ideia descartada, porém atesta que o sentimento geral no partido é de mudança na relação entre PT e PSB, no Ceará. Se a decisão for para manter a aliança, essa relação deve ser revista, conforme analisa o parlamentar.

Artur Bruno alega que a aliança entre PT e PSB, no Ceará, é muito mais eleitoral do que programática e política. Na sua opinião, os petistas cometeram erros que precisam ser revistos. Um desses erros, segundo aponta, foi a falta de um canal de comunicação com o Governo do Estado. Artur Bruno reclama que o PT abriu mão de ter uma liderança, para participar de um bloco conjunto que era liderado sempre por deputados do PSB.

O petista examina ainda que o seu partido não participou de nenhuma decisão estratégica do Governo do Estado, lembrando que defendeu a criação de um conselho político para que a administração estadual ouvisse os partidos aliados, mas isso nunca ganhou corpo. "Portanto, foi uma aliança muito mais eleitoral do que programática e política", avaliou.

O parlamentar assegura não ter, por enquanto, uma opinião formada sobre o assunto, porém promete seguir o posicionamento que sua corrente dentro do PT, a Mensagem ao Partido, tomar, entendendo que essa decisão só será tomada após muitas discussões. Artur Bruno avalia que a relação entre os dois partidos precisa ser revista, mas sabe que há interesse, por parte da direção nacional do partido, em manter a aliança do PT com o PSB, no Ceará, considerando que o Partido Socialista Brasileiro é um importante parceiro do governo de Dilma Rousseff.

Autonomia
Apesar desse interesse por parte da direção nacional que a aliança permaneça, e da presidente já ter afirmado ao governador Cid Gomes (PSB), que "é importante" não existir problemas entre o PT e o PSB, Artur Bruno garante que o diretório estadual do partido terá autonomia para tomar essa decisão. "Até o início do próximo ano o PT estadual terá uma posição", cogita.

Para isso, o petista diz ser importante ouvir os três deputados do PT que estão no comando de secretarias do Governo Cid Gomes: Nelson Martins, Camilo Santana e Francisco Pinheiro, bem como os prefeitos eleitos e os deputados estaduais. De acordo com ele, a vontade da prefeita e presidente da executiva estadual do partido, Luizianne Lins, é de que essa aliança termine, mas considera que o sentimento geral do partido é apenas de mudança na relação entre as duas legendas, acreditando que isso é possível, mesmo após os desentendimentos tidos durante a eleição em Fortaleza, principalmente no segundo turno.

Esquecimento
"Temos que debater uma aliança programática, se concordamos com o projeto de desenvolvimento econômico, social e político do governo Cid Gomes", avaliou, deixando claro que essa discussão passa também pela eleição de 2014, defendendo que deve ser levado em conta se o partido pretende ter candidato ao Governo do Estado ou se apoiará um outro projeto.

A semana passada, no plenário da Assembleia Legislativa houve uma trégua na questão envolvendo o PT e o PSB. Ninguém falou sobre as sequelas deixadas pelo segundo turno das eleições em Fortaleza, que estão fazendo com que setores do PT cearense pensem em romper a aliança com o PSB do governador Cid Gomes.

Nesses últimos dias os deputados evitaram falar do assunto e trataram, na tribuna, de temas mais abrangentes. De acordo com os parlamentares do PT, enquanto não sair a decisão do Diretório Estadual, se serão ou não oposição ao Governo Cid Gomes, a bancada na Assembleia mantem uma postura amena.

Na primeira semana após o segundo turno, realizado no dia 28 de outubro, o tema eleição foi quem ganhou mais espaço na tribuna da Assembleia. Foi quando o deputado Antônio Carlos (PT) anunciou que seu partido iria entrar com uma ação na Justiça Eleitoral contra o resultado da eleição, denunciando práticas ilegais como compra de votos, boca de urna e uso do poder econômico.

Espernear
A resposta dos deputados que estiveram ao lado do PSB na eleição em Fortaleza foi imediata, afirmando que os petistas não estavam reconhecendo a derrota. O deputado Fernando Hugo (PSDB) fez questão de subir à tribuna e contestar as declarações de Antônio Carlos, alegando que qualquer um tem o direito de "espernear", enquanto o deputado Tin Gomes (PHS) denunciou que a Prefeitura teria demitido terceirizados por não votarem no candidato do PT, Elmano de Freitas.

Após uma semana turbulenta, com troca de acusações, o tema eleições parece ter dissipado. Não se falou, na semana que passou, sobre o assunto. 

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