ÉTICA E GOVERNABILIDADE CAMINHAM JUNTOS.

Lembramos que "ética" é a parte da filosofia que trata de disciplinar e orientar o comportamento humano, ou seja, é a ciência da moral. Já a "governabilidade" pode ser entendida pela qualidade intrínseca do governante, significando a importância da tranquilidade política e sócio-econômica para que um governo possa desempenhar suas atividades básicas. Em todos os tempos, a governabilidade só alcançou sucesso permanente na medida em que se apoiou em princípios éticos. "O fim justifica os meios", conforme Maquiavel, não é uma atitude estratégica, mas uma conduta incorreta que não leva uma Nação a uma situação de justiça, nem se baseia na essência da democracia. Nos dias atuais existem muitos Estados ditos democráticos; elegem seus governantes, todavia, não apresentam uma sincera e clara harmonia entre os aspectos éticos e de governabilidade. A insatisfação popular, tanto urbana quanto no campo, em várias sociedades do mundo, são indicadores seguros de que podemos enfrentar uma grande crise moral e sócio-econômica, se não houver de imediato, uma mudança radical no pensamento de certas elites e neo-elites, que merecem essa classificação por deterem parte do poder político e/ou econômico. Por sua vez, defendemos que ética e governabilidade caminhem juntas, buscando sociedade politicamente aberta, soberana, de economia forte e socialmente justa. Para tanto, é fundamental a independência e harmonia dos Poderes Judiciário, Legislativo e Executivo. Governabilidade é atender às reais necessidades e carências do povo e não fazer concessões, conluios e acordos que possam prejudicá-lo.FONTE:Gonzaga Mota/DN.