O Hospital Maternidade Jesus Maria José, considerado referência em pediatria e obstetrícia no Sertão Central cearense, pode encerrar consultas, partos e cirurgias no próximo dia 31 de agosto caso as dificuldades financeiras persistam.
Todos os meses a dívida da instituição cresce em torno de R$ 130 mil, já acumulando R$ 2,3 milhões. O hospital, administrado pela diocese de Quixadá, onde fica localizado, a 158 km de Fortaleza, é filantrópico. O diretor-geral da maternidade, o médico Maciano Silva, afirma que 97% do recurso é proveniente do Sistema Único de Saúde (SUS), do Ministério da Saúde. Os outros 3% vêm de doações e do repasse de dez municípios da região, beneficiados pelos atendimentos. “Consigo pagar os 210 funcionários, os cinco médicos e tento equilibrar entre um fornecedor e outro”, explica.
Os valores praticados pelo convênio com a União não são reajustados há mais de dez anos, segundo Silva. Por isso, o hospital continua recebendo por 600 consultas, cada uma no valor de R$ 2,04, enquanto ao mês são realizados 1800 atendimentos.
Também de acordo com ele, há procedimentos já realizados, mas ainda não pagos pelos municípios vizinhos. Em reunião, programada para a manhã de hoje, gestores municipais e diretores da maternidade devem discutir a questão. A maternidade mantém sigilo sobre quanto receberá desses municípios. Silva aponta ainda que a prefeitura de Quixadá, responsável pelo repasse dos recursos federais e das outras cidades, “dificulta” a transferência.
A secretária de Saúde, Ana Valéria Carneiro, nega e afirma que a Prefeitura chega a antecipar 75% do pagamento à maternidade. Em outubro, a Câmara vota orçamento, prevendo 6% ao ano dos recursos do Legislativo destinados ao hospital.
O único hospital de emergência pediátrica do Sertão Central pode fechar as portas caso não consiga dinheiro para pagar fornecedores. Dívidas de R$ 2,3 milhões ameaçam a continuidade de atendimentos.O POVO
Prefeito do Ipu, Banheiros e Julgamento no STJ
ResponderExcluirA assessoria do Procurador Geral da Justiça cearense está preparando um relatório para entregar na Procuradoria Geral da República, nos próximos dias, tendo em vista que lá está sendo preparado o parecer a ser encaminhado ao Superior Tribunal de Justiça, que poderá julgar, ainda este mês, o recurso interposto contra a decisão do desembargador Darival Beserra Primo que mandou prender o prefeito do Ipu, Sávio Pontes e outros, responsabilizados por desvio de recursos do Estado do Ceará, destinados à construção de banheiros em residências de famílias pobres daquele Município.
O Ministério Público cearense está atento à tramitação desse processo no Superior Tribunal de Justiça. A confiança na prova colhida ao longo de alguns meses, motiva procuradores e promotores a confiarem numa decisão punitiva dos ministros daquela Corte. A decisão de um dos ministros de relaxar o decreto de prisão preventiva contra o prefeito Sávio Pontes e autorizá-lo a retornar ao cargo, frustrou ao Ministério Público, daí a importância que está sendo dada ao caso e a tentativa de manter a decisão do desembargador cearense.
Também depende do Superior Tribunal de Justiça, na parte desmembrada desse processo referente a Sávio Pontes, a situação do conselheiro Teodorico Menezes, afastado liminarmente das funções, por decisão daquela Corte.
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