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quarta-feira, 4 de julho de 2012

A NOITE CARIOCA;ALCOOLISMO,DROGAS E MORTES

Por .   Postado  quarta-feira, julho 04, 2012   Sem Comentários



Eram cerca de 22h30m da última sexta-feira quando aproximadamente dez mil pessoas se reuniam na Praça Cardeal Câmara, em frente aos Arcos da Lapa, para acompanhar o show gratuito da cantora Daniela Mercury, seguido de um espetáculo de projeções sobre o símbolo maior da região. Próximo dali, jovens de diversas idades começavam a lotar a Travessa do Mosqueira, uma entre as tantas ruas do local com depósitos de bebida e bares. “Vai pó, vai maconha?”, perguntou um garoto, menor de idade, sem qualquer inibição, quando o repórter do GLOBO chegou à esquina da Rua Joaquim Silva, a um quarteirão de distância dos policiais militares e dos guardas municipais que patrulhavam a Avenida Mem de Sá.
A situação, corriqueira, de acordo com testemunhas, ilustra o atual estado da Lapa, berço da boemia e da malandragem cariocas, local de grande circulação de turistas e onde assaltos, venda e consumo de drogas ainda são frequentes, apesar do policiamento e das obras de revitalização na região, transformada oficialmente em bairro há quase dois meses.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a 5ª DP (Gomes Freire), delegacia da região, registrou 140 roubos e 479 furtos em maio deste ano. Em abril, os números foram semelhantes: 131 e 466, respectivamente. Se comparados com os dados do ano passado, não há grandes mudanças nos índices: 149 roubos e 427 furtos em maio, contra 187 e 512 em abril. No entanto, o número de casos pode ser ainda maior, já que muitos ainda preferem não registrar ocorrência por acharem “natural” a situação.
— A Lapa tem um problema que é a naturalização da violência. Ou seja, boa parte das pessoas que são assaltadas não presta queixa e aquelas que assaltam não se intimidam — afirma o gerente de um bar próximo aos Arcos que preferiu não ser identificado. — A Lapa está longe de ser uma área segura. Já tive clientes assaltados após sair daqui e, num caso mais grave, uma menina foi estuprada, em outubro do ano passado.

Na noite da última sexta-feira, um grupo com cerca de 30 menores moradores de rua estava no início da Ladeira Santa Teresa, embaixo dos Arcos, a menos de 500 metros de uma patrulha da Guarda Municipal, de um posto da Secretaria da Ordem Pública e de alguns veículos da Secretaria de Assistência Social. Ao virar a esquina da ladeira com a Joaquim Silva, era possível encontrar menores consumindo drogas e bebidas alcoólicas a céu aberto. Na escadaria da Lapa, o consumo de drogas era ainda maior. Não havia policiamento fixo na área e, ainda que uma patrulha da PM tenha passado ao menos uma vez pelo local, nenhuma ação foi tomada para coibir o tráfico.



A Polícia Civil informou que sabe da venda e do consumo de drogas na área, acrescentando que tem feito operações para reprimir o tráfico. A PM, por sua vez, disse que atua na região com quatro viaturas de dia e 12 à noite, além do policiamento montado e de 20 policiais no patrulhamento a pé — nos fins de semana, ele é reforçado. Após saber, pela equipe de reportagem, da venda de drogas na Joaquim Silva, a corporação disse que passará a deixar uma patrulha na rua.
A Secretaria municipal de Assistência Social admitiu que há uma concentração de adultos e menores de rua na Lapa que fazem uso de drogas. O órgão informou que equipes atuam diariamente na abordagem dessa população, mas que muitas pessoas levadas aos centros de tratamento os deixam por causa do vício em álcool ou drogas.OGLOBO




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