Pages

quinta-feira, 26 de julho de 2012

CARLOS CACHOEIRA,"UM LEPROSO JURÍDICO"

Por .   Postado  quinta-feira, julho 26, 2012   Sem Comentários

Dizendo ter muito interesse em falar sobre suas atividades, o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, passou a maior parte do seu interrogatório na Justiça Federal calado. Mesmo assim, no final, disse estar se sentindo um "leproso jurídico".



Cachoeira usou o direito constitucional de ficar calado após ouvir as perguntas do juiz Alderico Santos, responsável pela ação penal. No final, afirmou: "Estou sofrendo demais porque eu virei um leproso jurídico".

O empresário fez ainda uma declaração pública de amor à mulher, Andressa Mendonça. Quando questionado pelo juiz se era casado, respondeu que era uma pergunta difícil, pois não é casado oficialmente. "Só o Ministério Público me liberar. No primeiro dia, tá?", disse, olhando para Andressa.

Logo no começo do interrogatório, também se dirigiu a Andressa: "O sofrimento é muito grande. Ela me deu uma nova vida. Eu te amo, tá?".

Questionado sobre o endereço onde mora, também disse não saber, argumentando que estava de mudança quando foi preso. Novamente, olhou para a mulher. No fim, passou o endereço da casa onde foi preso, que pertenceu ao governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB).

Perillo

Pela primeira vez nas audiências em curso na Justiça Federal de Goiás, os advogados do bicheiro usaram como estratégia de defesa o envolvimento de Perillo com a organização criminosa.

Até então, a defesa dos réus só havia citado os diálogos entre Cachoeira e o então senador Demóstenes Torres. O advogado Augusto Arruda Botelho, que integra a defesa de Cachoeira, citou a existência de um documento com os chamados "encontros fortuitos" de provas, durante o depoimento do agente da Polícia Federal (PF) Daniel Guerra Ferreira, o quarto a depor desde ontem.

Duração
O julgamento de Cachoeira e outros sete réus da operação Monte Carlo só deve ser concluído em 30 dias. A informação é do juiz federal Alderico Santos, que é o responsável pela instrução do processo.

Depois de ouvir as testemunhas e os réus, o magistrado ainda vai conceder prazo de 10 dias para as alegações finais.

Alderico Santos abriu, ontem, o segundo dia de audiência pedindo celeridade. Na terça-feira, 24, apenas duas das 14 testemunhas convocadas foram ouvidas. "Quem atrasa julgamento só favorece a imprensa", disse o magistrado. "É de minha natureza fazer julgamentos rápidos". O juiz ressaltou que não cede aos apelos da opinião pública. "Separo a pessoa jurídica da pessoa física. Decido de acordo com a minha consciência".

Santos solicitou aos advogados de defesa que analisassem a necessidade de ouvir todas as testemunhas. "Você não precisa trazer alguém para dizer que é gente boa. A presunção da inocência é constitucional". Ney Telles, advogado de Wladimir Garcêz, decidiu dispensar cinco testemunhas de defesa.

Primeiro a depor ontem, o agente da Polícia Federal Renato Peixoto destacou que não produziu relatório de encontros fortuitos. A defesa dos réus tenta anular as escutas telefônicas obtidas pela PF na Monte Carlo.DN

Sobre o autor

Adicione aqui uma descrição do dono do blog ou do postador do blog ok

0 comentários:

Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...
.
Voltar ao topo ↑
RECEBA NOSSAS ATUALIZAÇÕES

© 2013 IpuemFoco - Rádialista Rogério Palhano - Desenvolvido Por - LuizHeenriquee