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quinta-feira, 7 de junho de 2012

PENA DE MORTE

Por .   Postado  quinta-feira, junho 07, 2012   Sem Comentários

Fortalezense é o mais favorável do País à pena de morte.

Sem previsão na legislação brasileira, a pena de morte é considerada aceitável por 57,5% dos fortalezenses. Trata-se do maior índice do País. É o que mostra pesquisa feita pelo Núcleo de Estudos da Violência (NEV) da Universidade de São Paulo (USP). Onze capitais foram consultadas. Os dados foram divulgados ontem
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Porto Alegre (RS) aparece em segundo lugar no ranking, com 52,2% de apoio popular à pena de morte. Salvador (BA) ocupa a terceira posição, com 50,8% dos entrevistados. O ranking cita Belém (PA), com 46,8%; Manaus (AM), com 45,3%; São Paulo (SP), com 45%; Recife (PE), com 44,8%; Rio de Janeiro (RJ), com 36,7%; Goiânia (GO), com 36,5%; Belo Horizonte (MG), com 36,2%; e Porto Velho (RO), com 32,5%.
A rejeição da capital cearense à medida foi de 41,9%. É o segundo menor número, atrás apenas dos 39,9% gaúchos. Somente 0,6% dos 301 entrevistados de Fortaleza não se posicionou quando indagado se considera “aceitável um governo ter pena de morte”. A maior recusa ocorreu em Porto Velho (63,6%).
No mundo, 18 países executam condenados judicialmente. “Fortaleza apresentou crescimento de 91% na taxa de mortes por agressão, passando de 22,2 óbitos por 100.000 habitantes, em 1996, para 42,5 por 100.000 habitantes, em 2010”, cita o pesquisador do Laboratório de Estudos da Violência (LEV) da UFC, Ricardo Moura, que acrescenta: “Muito possivelmente, a concordância com métodos mais extremados de combate à criminalidade, como a pena de morte, pode ser explicada pelo aumento da sensação de insegurança, aliada a um sentimento de impotência diante da ação governamental”.
Vice-presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Ceará, Júlio Ponte diz que esses dados representam necessidade de profunda preocupação com a confiança da sociedade na Justiça. “Os elementos evidenciam duas situações: a sociedade não acredita mais nos poderes constituídos e a morosidade da Justiça enseja um sentimento de impunidade. Se tivéssemos uma Justiça séria, não teríamos esse resultado”, defendeu.
Para Celina Ramalho, pesquisadora do LEV, a pesquisa demostra que, quando todas as classes sociais são vítimas da violência, a sociedade pede punições imediatas e mais severas. “É o lema de só ser possível resolver a violência com extremos. É preciso repensar a forma como a segurança é apresentada. É necessário maior diálogo e prestação de contas com a sociedade”.opovo. 

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